Silvinei pode ficar preso em SC, diz defesa ao STF

Advogados de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, solicitaram na madrugada deste sábado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele permaneça encarcerado em Santa Catarina, preferencialmente em Florianópolis ou São José, onde ele residia.

Silvinei foi detido ontem no Paraguai e entregue às autoridades brasileiras. Atualmente, ele está sendo transferido de Foz do Iguaçu para Brasília nesta manhã de sábado (27).

A defesa argumenta que o réu possui fortes laços familiares, sociais e profissionais em Santa Catarina, o que ajudaria na manutenção da custódia estável e garantiria sua integridade física e mental, facilitando também o pleno exercício de sua defesa. O pedido foi protocolado pelos advogados Anderson Almeida e Eduardo Nostrani Simão e endereçado ao ministro Alexandre de Moraes.

Além disso, ressaltam que Silvinei tem histórico militar, tendo servido na Polícia Militar de Santa Catarina, o que torna inadequada sua permanência em presídios comuns.

Os defensores mencionam ainda que Silvinei enfrentou assédio e ameaças durante o período em que esteve na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Se a solicitação para transferência a Santa Catarina for negada, a defesa requer sua permanência na ‘Papudinha’, 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, unidade destinada para policiais, militares e outras autoridades detidas.

Silvinei foi preso na última sexta-feira no aeroporto de Assunção (Paraguai), tentando embarcar para El Salvador. Ele utilizava um passaporte paraguaio falso com o nome Julio Eduardo Baez, pessoa com semelhanças físicas a ele, após romper a tornozeleira eletrônica e fugir de Santa Catarina até o Paraguai em um carro alugado.

Como consequência da fuga de Silvinei, o ministro Moraes decretou prisão domiciliar para dez pessoas envolvidas nos processos da trama golpista, entre eles, o ex-assessor da Presidência Filipe Martins e a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar, para impedir outras fugas.