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Prefeitura investiga denúncia de assédio sexual contra secretário em Guarujá
A Prefeitura de Guarujá iniciou uma apuração oficial na semana passada para investigar a acusação de assédio sexual contra o secretário de Comunicação da cidade.
A ação foi desencadeada após uma funcionária da gestão municipal ter reportado o comportamento inapropriado do Paulo Henrique Siqueira, conforme divulgado pelo Metrópoles. A denúncia foi formalizada tanto na Ouvidoria-Geral do município quanto na Polícia Civil.
Em comunicado, a prefeitura declarou que irá conduzir a investigação com rigor, assegurando o respeito ao direito de defesa. Paulo Henrique refuta as alegações e assegura que nunca enfrentou acusações dessa natureza em seus 20 anos no serviço público.
A denunciante e os relatos
A mulher, de 26 anos, relata ter sido alvo de comentários de cunho sexual, tentativas de beijo forçadas e situações constrangedoras dentro do ambiente de trabalho no Paço Moacir dos Santos Filho. Após iniciar suas atividades na Secretaria de Comunicação Social em março, ela passou a atuar diretamente com o então gerente da pasta. Posteriormente, aceitou trabalhar como secretária do secretário, que foi substituído pelo Paulo Henrique.
Cerca de um mês após essa mudança, teriam começado as investidas com comentários sobre seu corpo e imagens pessoais postadas em redes sociais, além de insistência em cumprimentos com beijo no rosto e tentativas de beijo na boca dentro da sala do secretário.
Continuidades e constrangimentos
A funcionária expressou desconforto explicitamente, pedindo respeito e afirmando que estava ali para trabalhar e não para tolerar brincadeiras de cunho sexual. No entanto, as ações e comentários não pararam, ocorrendo inclusive na presença de outros colegas, causando-lhe medo e constrangimento, especialmente por serem majoritariamente verbais e presenciais, o que dificultou a obtenção de provas escritas.
Um dos episódios mais graves teria ocorrido em um carro oficial, onde o secretário teria feito insinuações impróprias e solicitado o envio de fotos de biquíni sob o pretexto de amizade.
O episódio mais grave e o registro policial
Em 15 de dezembro, ao fim do expediente, a vítima conta que foi chamada à sala do secretário e obrigada a girar para que ele pudesse observá-la melhor, com comentários sobre sua calça que a deixaram profundamente desconfortável e abalada emocionalmente.
O caso foi registrado formalmente na Delegacia de Guarujá, enquadrado como assédio sexual consumado, conforme previsto no Código Penal, com agravante pelo uso da posição hierárquica para constranger a vítima. O boletim reforça que as atitudes reiteradas causaram medo, constrangimento e impacto emocional à funcionária.
Resposta do secretário
Em contato por telefone, Paulo Henrique negou veementemente as acusações e afirmou estar indignado com o ocorrido. Ele relatou ter trabalhado por 20 anos no serviço público sem qualquer denúncia similar e que respeita as profissionais com quem trabalha.
O secretário destacou que identificou uma possível tentativa de fraude envolvendo sua identidade em troca de mensagens e registrou boletim de ocorrência para que a situação seja investigada. Ele ainda ressaltou que está exercendo seu direito de defesa rigorosamente durante a sindicância aberta pela prefeitura e se mantém confiante na comprovação da sua inocência, planejando tomar medidas judiciais para proteger sua integridade e de sua família.


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