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Conselho da Transpetro prorroga licença de Machado por mais 18 dias

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O conselho de administração da Transpetro voltou a aprovar mais uma prorrogação da licença não-remunerada do presidente da subsidiária da Petrobras, Sergio Machado, informou a assessoria da estatal encarregada pelo transporte de combustíveis e processamento de gás natural. De acordo com os assessores da Transpetro, o afastamento de Machado foi estendido pelos conselheiros por mais 18 dias, expirando em 21 de janeiro.

A assessoria da empresa, no entanto, não confirma quando o conselho decidiu prorrogar a licença do dirigente indicado pelo PMDB do Senado. Segundo assessores, o comando da Transpetro continuará sendo ocupado interinamente pelo diretor de Gás , Cláudio Campos.

Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que tinha conhecimento de que a Transpetro também repassava propina a políticos. Ele relatou aos procuradores da República ter recebido R$ 500 mil de Sérgio Machado, em razão de a Diretoria de Refino e Abastecimento, que ele comandava à época, ter participado da contratação de navios para a subsidiária da Petrobras.

Ainda de acordo com o ex-dirigente da estatal, a propina foi paga em dinheiro na casa de Machado, no Rio. Costa ressaltou no depoimento que não lembra quando ocorreu o negócio, mas que teria sido entre 2009 e 2010. “[O dinheiro] foi entregue diretamente por ele [Machado], no apartamento dele no Rio de Janeiro”, contou Paulo Roberto Costa.

Diante das denúncias, chegou-se a cogitar no Palácio do Planalto a demissão do presidente da Petrobras. No entanto, o PMDB, partido que o apadrinhou para o comando da subsidiária, pressionou a presidente Dilma Rousseff e conseguiu mantê-lo por mais um tempo no cargo.

Entretanto, para minimizar o desgaste, Machado solicitou no início de novembro uma licença não-remunerada por 31 dias. Na ocasião, o presidente da Transpetro alegou que estava se afastando temporariamente da gestão da empresa para que fossem “feitos esclarecimentos” sobre seu suposto envolvimento no esquema de pagamento de propina que tinha tentáculos na Petrobras.

Em 5 de dezembro, a licença de Machado foi prorrogada por mais 30 dias, prazo que se encerrou no último fim de semana.

Operação Lava Jato
Deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano, a Operação Lava Jato investigou esquema de desvio de recursos públicos na Petrobras. Em razão das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina, diversos órgãos públicos decidiram investigar a estatal – entre os quais o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Congresso Nacional.

Em 14 de novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, 25 pessoas foram presas, incluindo executivos de empreiteiras que têm contrato assinado com a Petrobras e o ex-diretor da estatal Renato Duque. Em dezembro, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso na primeira instância, aceitou denúncia contra 39 investigados na sétima etapa da operação.

Fonte: G1

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