Economia
BC responde ao TCU sobre questionamento de rapidez na liquidação do Master
O Banco Central enviou uma resposta ao Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao despacho do ministro Jhonatan de Jesus, que questionou a liquidação do Banco Master, ocorrida em novembro.
De acordo com o TCU, a resposta foi protocolada às 13h40 da segunda-feira, 29, e anexada ao processo às 16h22. O conteúdo da resposta permanece confidencial, como o restante do processo.
Em despacho dado na quinta-feira, 18, o ministro do TCU concedeu 72 horas para que a autarquia justificasse a decisão considerada uma ‘medida extrema’ e levantou a possibilidade de impedir futuras ações relativas aos ativos da instituição financeira controlada por Daniel Vorcaro.
No documento entregue ao TCU, o ministro questiona a suposta rapidez do BC, sugerindo que a autoridade reguladora do sistema financeiro poderia ter considerado soluções de mercado para salvar o banco sem utilizar recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Por outro lado, a avaliação do TCU diverge das evidências de fraude de R$ 12,2 bilhões que fundamentaram a intervenção. As investigações do BC e da Polícia Federal indicam que o banco comprou carteiras de crédito falsas da empresa Tirreno, sem verificar a solidez desses ativos.
O intuito era garantir liquidez para o pagamento de Certificados de Depósito Bancário (CDBs), já que o banco enfrentava uma grave falta de liquidez.
Jhonatan de Jesus argumenta que o BC demorou a analisar alternativas de reorganização societária, mencionando, em específico, uma proposta de compra do Master pelo Grupo Fictor no valor de R$ 3 bilhões, feita meses antes da liquidação.
Segundo informações obtidas pelo Estadão/Broadcast, o Banco Central recebeu o pedido de esclarecimentos com tranquilidade, avaliando internamente ter seguido rigorosamente todo o procedimento legal para decretar a liquidação, sem antecipar ações ou pular etapas.


Você precisa estar logado para postar um comentário Login