Aldo Rebelo anuncia candidatura presidencial pelo partido cristão

Aldo Rebelo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff, confirmou nesta segunda-feira sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, representando o partido Democracia Cristã (DC).

O ex-integrante do PT revelou ao jornal Estado de S. Paulo que suas prioridades incluem a retomada do crescimento econômico, a redução das desigualdades, o fortalecimento da democracia e a reconstrução da agenda de defesa nacional.

Essa candidatura foi antecipada no início do mês pelo colunista Lauro Jardim, do Globo. Aldo Rebelo sai do MDB para representar o pequeno partido presidido pelo ex-deputado João Caldas.

Desde que deixou o PCdoB em 2017, Rebelo transitou por outras quatro legendas: PSB, Solidariedade, PDT e MDB. Ele optou por se distanciar da esquerda, aproximando-se do bolsonarismo.

Durante o primeiro mandato do presidente Lula (PT), entre 2004 e 2005, Aldo Rebelo atuou como ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais. No governo Dilma Rousseff, dirigiu três ministérios ao longo de seis anos: Esporte, Ciência e Tecnologia e Defesa. Em 2024, ocupou o cargo de secretário municipal de Relações Internacionais na administração do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Na entrevista concedida ao Estado de S. Paulo, Rebelo afirmou que Lula está subordinado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou instituições ambientais e órgãos ligados aos povos indígenas, como o Ibama e a Funai.

Ele considera que essas instituições ambientais bloqueiam o desenvolvimento nacional nas áreas da agroindústria, da energia e dos minérios.

Aldo Rebelo também defendeu a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a todos os envolvidos em ações golpistas.

“Como promover a paz no país? É deixando o passado para trás. Para restaurar a tranquilidade, é preciso perdoar todos. Quem deseja governar não quer colocar seu antecessor na cadeia. O país precisa unir forças para pensar no futuro. Essas pendências menores devem ser deixadas de lado”, declarou.