Pressão do BC talvez não detenha vazamentos; veja Cláudio Humberto terça (30)

Deputado Marcos Pollon (PL-MS) afirmou: “Há estimativas que este escândalo é pior que a Lava Jato”, após solicitar o impeachment de Alexandre de Moraes pelo envolvimento no caso do Banco Master.

A tentativa de pressionar o liquidante do Banco Master, nomeado pelo Banco Central, não deve frear os vazamentos. Isso fortalece a hipótese de uma possível “lista” de autoridades relacionadas a negócios do banqueiro Daniel Vorcaro ou que por ele tenham sido favorecidas. A preocupação é que Eduardo Félix Bianchini, funcionário de carreira do BC e liquidante do Master, comunique suas descobertas à diretoria do BC ou, pior ainda, que essas informações sejam vazadas à imprensa. A defesa de Vorcaro acusa o BC de usar Bianchini para obter dados do Master, tamanha é a preocupação com possíveis vazamentos.

Um ex-secretário do Tesouro ironiza a situação com uma metáfora sobre um náufrago tentando tapar inúmeros buracos no casco, ilustrando o desafio da defesa.

Principais problemas enfrentados:

• O sigilo bancário do Master poderia ser quebrado pela CPMI do INSS, mas o acesso foi impedido por Dias Toffoli.
• O STF determinou uma acareação entre o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino Santos, e as pessoas investigadas, a pedido dos suspeitos.
• No TCU, o ministro Jhonatan Santos teria tomado medidas para limitar a investigação dos auditores na área, segundo fontes do BC.

Dívida pública histórica sob governo Lula

O governo federal deverá fechar o ano com uma dívida pública acima dos R$ 10 trilhões, ultrapassando o PIB de 180 países conforme dados do Banco Central. Essa dívida representa quase 80% do PIB nacional, e projeções indicam que o comprometimento deve superar 82% em 2026, segundo o Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado.

O IFI destaca que o governo federal é responsável por 80% deste déficit e o diretor Marcus Pestana compara os gastos governamentais a uma doença crônica que limita o futuro do país. A oposição lembra que em três anos o governo Lula gastou R$ 324,3 bilhões além do teto fiscal, incluindo regras criadas pelo próprio governo.

Experiência do liquidante e custos públicos

Eduardo Bianchini tem experiência nessa função, pois também foi liquidante da corretora “Um Investimentos S/A”, liquidada pelo BC em 2019.

Os salários dos servidores públicos federais custam mais de R$ 416 bilhões por ano, valor 50% maior que os benefícios pagos pelo governo federal via Bolsa Família e BPC.

Pedidos de impeachment e outras críticas

Marcel van Hattem (Novo-RS) protocolou um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, assinado por mais de 50 parlamentares, por crime de responsabilidade no caso do Banco Master. O pedido inclui a perda do cargo e a inabilitação por oito anos para exercer função pública.

Outros pontos do cenário:

• O programa de demissão voluntária dos Correios, que no governo Bolsonaro previa 7,3 mil saídas e teve 4,8 mil adesões, agora sob o PT estimula 15 mil demissões em dois anos.
• O governo do Rio Grande do Norte paga R$ 500 por mês a menores cumprindo medidas socioeducativas, em programa criticado por ser considerado um incentivo ao crime.
• O senador Rogério Marinho (PL-RN) alerta sobre o crescimento de facções no RN, que aumentaram 222% presos faccionados em 2025.
• Um esquema nos EUA envolvendo Tim Waltz, candidato derrotado a vice de Kamala Harris, desviou bilhões para creches inexistentes, com recursos desaparecidos.

Em resumo, prejuízos em estatais no Brasil são tratados como metas, não meros erros.

PODER SEM PUDOR

O falecido deputado Maurício Fruet (PR) era conhecido por suas brincadeiras. Ao ser nomeado prefeito de Curitiba em 1983, cedeu sua vaga na Câmara ao suplente Dílson Vanchin, a quem aplicou uma “piada” sobre vender tudo no gabinete por valores irrisórios. Vanchin considerou que fez o melhor negócio da vida, até descobrir que o dinheiro era para pagar a conta do restaurante após um jantar de despedida.

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