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Economia

Polo Automotivo Stellantis de Goiana ultrapassa 2 milhões de veículos em 10 anos

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Mais de 2 milhões de veículos fabricados em uma década ilustram o impacto significativo do Polo Automotivo da Stellantis em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Esse avanço explica a profunda transformação econômica vivenciada tanto pelo município quanto pelo estado.

Inaugurada em 2015, a unidade industrial modificou a estrutura produtiva local, aumentou a arrecadação estadual e consolidou Goiana como um dos principais centros industriais do Nordeste.

“Goiana chegou a completar uma década como Polo Automotivo que não apenas transforma a economia, mas traça um novo caminho para Pernambuco”, destaca Herlander Zola, presidente da Stellantis para a América do Sul.

Produto Interno Bruto

Antes da fábrica, a economia de Goiana era centrada na agricultura. Com a chegada da montadora, a cidade passou a contribuir com 2,5% do PIB pernambucano, valor que dobrou para 5,2% após quatro anos, conforme dados da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan). Em 2021, o setor industrial já correspondia a 48% da economia local, um marco para o município.

Crescimento industrial

A indústria respondeu por 29% do PIB de Pernambuco em 2010, crescendo para 34% em 2021, impulsionada especialmente pelo segmento automotivo. De 2015 a 2024, o Polo Automotivo produziu mais de 2 milhões de veículos, tornando-se uma das unidades mais importantes da Stellantis na América do Sul.

Para Bruno Veloso, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o impacto extrapola os limites da cidade. “O Polo Automotivo de Goiana representa uma mudança estrutural na Mata Norte pernambucana e reposiciona Pernambuco no cenário industrial brasileiro”, afirma.

Arrecadação e desenvolvimento

O crescimento fiscal acompanhou o desenvolvimento da produção. Entre 2015 e 2024, a arrecadação do ICMS automotivo saltou de R$ 197 milhões para R$ 1,074 bilhão, em valores corrigidos para 2024, aumento real de 545%, segundo a Ceplan. De acordo com a Fiepe, esse avanço fortalece a capacidade do estado de investir em infraestrutura, logística e políticas de desenvolvimento regional.

“A receita gerada pelo Polo cria condições para ampliar a competitividade de Pernambuco”, ressalta Veloso.

Emprego, qualificação e fornecedores

O Polo também impulsionou a cadeia de fornecedores locais, que passou de cerca de 22 empresas em 2015 para quase 40 atualmente. A Stellantis emprega diretamente cerca de 4,3 mil pessoas em Goiana, um crescimento de 70,2% na última década.

Segundo a Fiepe, houve uma elevação na qualificação profissional no estado, com aumento da formação técnica e especializada, impactando positivamente a produtividade e a renda regional.

Exportações e investimentos futuros

Entre 2015 e 2024, foram exportados 243,98 mil veículos. Somente em 2024, 37,6 mil unidades foram enviadas para o exterior, representando um avanço de 32,4% em relação ao ano anterior.

Com um novo ciclo de investimentos estimado em R$ 13 bilhões, o Polo de Goiana avança em renovação de portfólio, tecnologias e eletrificação.

“Produzir mais de 2 milhões de veículos em dez anos é um marco, mas o próximo salto será tecnológico”, destaca Herlander Zola.

Desafios para o futuro

Ao celebrar dez anos, o Polo Automotivo de Goiana se firma como um marco na economia pernambucana. Para a Fiepe, o próximo passo é aprofundar esse legado.

“O futuro depende de inovação, transição energética, infraestrutura logística e atração de fornecedores com maior densidade tecnológica. É assim que Pernambuco manterá sua competitividade na indústria automotiva”, conclui Bruno Veloso.

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