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Ucrânia nega ataque à casa de Putin e afirma falta de provas
A Rússia não forneceu provas convincentes que sustentem a acusação de que a Ucrânia teria realizado um ataque em grande escala com drones contra uma das residências do presidente Vladimir Putin, segundo declarações do chanceler ucraniano na terça-feira (30).
“Já passou quase um dia e a Rússia continua sem apresentar provas confiáveis para suas alegações sobre o suposto ‘ataque da Ucrânia à residência de Putin’. E não o fará, pois tal ataque não ocorreu”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sybiga, em sua conta na rede social X.
Ele criticou também as condenações do incidente vindas dos Emirados Árabes Unidos, Índia e Paquistão.
“Respostas desse tipo a afirmações infundadas e manipuladas da Rússia apenas beneficiam a propaganda russa e incentivam Moscou a perpetuar mais falsidades e atrocidades”, completou, ressaltando que tais reações prejudicam o avanço do processo de paz.
A Rússia acusou a Ucrânia de um ataque ocorrido na madrugada de segunda-feira, envolvendo 91 drones, contra uma residência oficial de Putin na área de Nóvgorod, situada entre Moscou e São Petersburgo.
O Kremlin afirmou que essa ação supostamente influenciará uma postura mais rígida nas negociações sobre o conflito no país, mas negou apresentar provas, argumentando que todos os drones foram derrubados.
“Não acredito que haja necessidade de provas de um ataque com drones derrubados graças à defesa aérea eficaz”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sugerindo que questionamentos ao Ministério da Defesa podem esclarecer a existência de possíveis destroços.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, considerou as acusações como falsas, alegando que elas visam justificar futuras ações contra Kiev e enfraquecer os esforços diplomáticos com os Estados Unidos.
Na mesma terça-feira, autoridades da região de Chernihiv, ao norte da Ucrânia, ordenaram a evacuação de 14 aldeias próximas à fronteira com Belarus devido a bombardeios russos constantes.
“O Conselho de Defesa decidiu evacuar 14 comunidades fronteiriças onde vivem cerca de 300 pessoas”, disse o comandante da administração militar regional, Viacheslav Chaus, destacando que a linha de fronteira é alvo diário de ataques.


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