Crise humanitária em Gaza é gravíssima, dizem dez países

Os ministros das Relações Exteriores de dez nações manifestaram nesta terça-feira (30) profunda preocupação com o agravamento da situação humanitária na Faixa de Gaza, classificando-a como gravíssima.

Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Islândia, Japão, Noruega, Suécia, Suíça e Reino Unido emitiram uma declaração conjunta afirmando que a chegada do inverno agrava as condições para a população civil, que enfrenta fortes chuvas e temperaturas baixas.

É apontado que cerca de 1,3 milhão de pessoas necessitam urgentemente de abrigo, enquanto mais da metade das unidades de saúde estão funcionando de forma limitada, lidando com falta de equipamentos e suprimentos médicos essenciais.

A completa falência da infraestrutura de saúde expõe 740 mil indivíduos a riscos de inundações contaminadas, segundo o comunicado.

Os ministros manifestaram contentamento com os progressos para acabar com os confrontos e garantir a libertação dos reféns israelenses. Contudo, enfatizaram a responsabilidade de manter o foco na situação difícil dos civis em Gaza, pedindo ao governo israelense ações urgentes e necessárias.

A declaração também solicita que Israel permita que organizações não governamentais internacionais atuem no território de forma sustentável e previsível, diante dos procedimentos rigorosos para registro que colocam a continuidade das parcerias em risco até o final do ano.

Adicionalmente, os países apelam para que a ONU e seus parceiros continuem suas operações humanitárias e que as restrições às importações de itens de uso dual, como equipamentos médicos e materiais para abrigo, sejam suspensas.

Por fim, destacam a importância da abertura das fronteiras para facilitar o envio de ajuda, mencionando a abertura parcial da passagem de Allenby, embora outros corredores, como Rafah, estejam fechados ou com severas limitações.