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Presidente de instituto ligado ao PL e foragido usa LinkedIn para se justificar

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Classificado como foragido pela Polícia Federal (PF), Carlos Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal (IVL), utilizou seu perfil no LinkedIn para se manifestar após a emissão de um mandado de prisão domiciliar no último sábado.

Ele foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no núcleo 4 da conspiração golpista, acusado de criar e espalhar informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022.

Na época, a empresa dirigida por Rocha foi contratada pelo PL para conduzir uma auditoria das urnas eletrônicas.

O engenheiro respondeu a um post de outro usuário que apoiava sua atuação e o classificava como vítima de ‘perseguição’. Em sua resposta, Rocha afirmou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, elogiou seu relatório técnico e sua qualificação profissional na acusação contra o núcleo 1.

Ele também destacou a contradição do mesmo PGR, que na acusação contra o núcleo 4, apresentou avaliações opostas. Rocha agradeceu ainda o apoio recebido de seguidores nas redes sociais em outras duas respostas.

A Primeira Turma do STF condenou Carlos Rocha a sete anos e seis meses de prisão em regime semiaberto inicial, sendo esta uma das sentenças mais brandas entre os condenados pela trama golpista. O processo ainda não transitou em julgado, podendo ser apelado.

No último final de semana, ao tentar cumprir o mandado de prisão domiciliar, a PF não encontrou Rocha, já que ele havia mudado de endereço e não forneceu sua nova localização, conforme informado por sua defesa.

A nota dos advogados Melillo do Nascimento e Gladys Nascimento menciona que, ao tentar contato telefônico, Rocha informou a mudança, mas não revelou o novo endereço.

No mesmo dia, a PF executou outros dez mandados de prisão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, para evitar a fuga de outros condenados.

Essa ação ocorreu após a detenção de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na semana anterior, no Aeroporto de Assunção, Paraguai, onde foi encontrado com documentos falsos ao tentar embarcar para El Salvador. Ele foi condenado a 24 anos e seis meses por ordenar fiscalizações em rodovias do Nordeste durante as eleições, com objetivo de dificultar o voto de eleitores pró-Lula (PT).

Antes dele, o ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) fugiu do Brasil em setembro, após ser condenado a 16 anos pelo núcleo central da trama golpista.

Segundo a denúncia da PGR, Ramagem usou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos e reforçar ataques contra o sistema nacional. Ele também é considerado foragido e reside atualmente na Flórida com a esposa e duas filhas. Após sua fuga, teve o mandato parlamentar cassado pela Mesa Diretora da Câmara.

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