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Conflito Entre Empresário Oscar Maroni e Prefeito Kassab em São Paulo
Há cerca de duas décadas, a famosa boate paulistana Bahamas, pertencente ao empresário Oscar Maroni, foi alvo de uma disputa judicial com o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), que em 2007 ordenou o fechamento do local.
Maroni chegou a ser condenado a 11 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de favorecimento e exploração de casa de prostituição, mas foi absolvido em segunda instância e conseguiu reinaugurar a boate.
Aos 74 anos, o empresário faleceu na manhã desta quarta-feira (31/12), em sua residência, conforme comunicado divulgado por seus familiares. A causa da morte não foi informada.
Prefeito Interdita Boate Pessoalmente
Ao ordenar o fechamento do Bahamas, Kassab alegou questões administrativas e de segurança. Segundo o então prefeito, uma obra no estabelecimento, localizado no bairro de Indianópolis, zona sul da capital, apresentava riscos para o Aeroporto de Congonhas, situado a menos de 1 km. A decisão ocorreu algumas semanas após o acidente com o voo 3054, da TAM, que vitimou 199 pessoas.
Kassab compareceu pessoalmente à porta da boate com equipes da prefeitura para interditar a entrada com blocos de concreto. Na época, o subprefeito da Vila Mariana, Fabio Lepique, admitiu que o fechamento foi motivado por uma entrevista dada por Maroni ao “Jornal da Noite”, da TV Bandeirantes, na qual o empresário afirmou que o Bahamas seria uma casa de “prostituição de luxo”.
Para Maroni, a atitude foi uma perseguição política de Kassab, com interesses eleitorais. O empresário entrou com vários mandados de segurança para que a prefeitura revisasse o alvará.
O Bahamas foi reaberto apenas em 2013, cinco anos e oito meses depois. Durante esse período, Maroni também enfrentou processos do Ministério Público de São Paulo (MPSP) por favorecimento e exploração da prostituição, manutenção de local destinado à prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas.
Prisões e Acusações
Oscar Maroni enfrentou prisões em pelo menos quatro ocasiões. Em 1998, foi detido pela primeira vez acusado de explorar a prostituição na boate Bahamas, ocasião em que outras 150 pessoas foram também presas no local.
Em 2004, foi preso duas vezes: uma por porte ilegal de arma de uso restrito e outra após declarar que pretendia transformar o Bahamas na “Disneylandia do prazer” em um prazo de 10 anos.
Durante a disputa judicial iniciada em 2007, Maroni ficou detido por 50 dias, mas foi liberado para responder o processo em liberdade.
Velório Discreto
O falecimento de Oscar Maroni foi comunicado por seus familiares, que destacaram a personalidade marcante do empresário e seu percurso profissional.
O velório acontecerá de modo reservado, apenas para familiares e amigos próximos.
Oscar Maroni deixou quatro filhos: Aritana Maroni, influenciadora digital e ex-participante do MasterChef Brasil, além de Aratã, Aruã e Acauã, cujos nomes foram inspirados na telenovela “Aritana”, exibida pela TV Tupi em 1978.


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