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Israel inicia demolição de 25 prédios em campo de refugiados na Cisjordânia
Na quarta-feira (31), máquinas israelenses começaram a destruir 25 edifícios residenciais em um campo de refugiados palestinos, numa ação para eliminar grupos armados no norte da Cisjordânia, informou o exército.
Os prédios, lar de cerca de cem famílias, localizam-se no campo de Nur Shams, um lugar frequentemente cenário de confrontos entre combatentes palestinos e forças israelenses.
Máquinas e guindastes do exército derrubaram as construções nas primeiras horas do dia, levantando grandes nuvens de poeira, observou um jornalista da AFP.
Segundo o exército, “como parte das operações antiterrorismo contínuas das forças de segurança israelenses”, a demolição de várias estruturas foi ordenada devido a uma necessidade operacional clara e necessária.
Desde o começo da vasta operação Muro de Ferro em 21 de janeiro, milhares de palestinos foram deslocados na parte norte do território ocupado.
O campo de Nur Shams é um dos três afetados pela operação, junto com os campos de Tulkarem e Jenin.
Mesmo um ano após o início das ações militares israelenses na região, as forças continuam encontrando munições, armas e explosivos usados por organizações terroristas que põem os soldados em perigo, assegurou o exército.
Os campos de refugiados palestinos na Cisjordânia surgiram após a primeira guerra árabe-israelense para abrigar cerca de 750.000 árabes da Palestina que fugiram ou foram expulsos durante a criação de Israel em 1948.
Com o tempo, esses acampamentos se transformaram em bairros densamente povoados e autossuficientes, com seus moradores mantendo a condição de refugiados transmitida de geração em geração.
Muitos moradores acreditam que Israel pretende destruir a ideia dos acampamentos e integrá-los aos bairros próximos, eliminando assim a questão dos refugiados.
Israel mantém o controle da Cisjordânia desde 1967.


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