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Crise no DF: HBDF falta remédios e leitos na UTI

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A crise que se instalou no Distrito Federal no fim do ano passado tem comprometido o estoque de medicamentos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Médicos da unidade de saúde denunciam a falta de remédios há, pelo menos, três meses e dizem que a situação se agravou nos últimos dias. Sem antibióticos, sedativos e corticoides, o tratamento dos pacientes pode ficar comprometido e até levar à morte. A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também preocupa os profissionais.

A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que o gabinete de situação fez ontem a primeira reunião para discutir os próximos passos. No encontro, esteve presente o titular da pasta, João Batista de Sousa. De acordo com o órgão, o gabinete vai priorizar o abastecimento de medicamentos e insumos em toda a rede e o restabelecimento da folha de pagamento e a gestão de pessoal. O trabalho do grupo também prevê o levantamento e a análise de contratos firmados para a prestação de serviços, como limpeza de hospitais, alimentação, leitos de UTI e manutenção de equipamentos.

Enquanto a situação não melhora, os médicos fazem malabarismos para ministrar os poucos medicamentos que restam nas prateleiras. “Temos três ou quatro tipos de antibióticos para tratar de tudo, desde uma amidalite até uma infecção hospitalar”, denunciou uma médica, que pediu para ter a identidade preservada. Segundo relatos dos profissionais, faltam remédios essenciais como, por exemplo, anticoagulantes para evitar que pacientes internados morram devido a uma trombose.

Além dos remédios, a falta de leitos de UTI se tornou um problema para os médicos. Sem vagas e sem poder transferir pacientes para leitos da rede conveniada, há relatos diários dessa espera. “Eles ficam entubados e costumam esperar de sete a 14 dias nessa situação. Temos pessoas internadas no pronto-socorro de duas a três semanas, sendo que esse período não poderia passar de 48 horas”, relatou a mesma profissional.

 

Fonte: Correio web

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