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Saúde pede fim da greve de servidores à Procuradoria-Geral do DF

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A Secretaria de Saúde do Distrito Federalenviou na tarde desta terça-feira (13) à Procuradoria-Geral do DF um ofício para solicitar à Justiça o fim da greve de servidores da pasta. O governo disse que o pedido foi feito porque a paralisação tem prejudicado o atendimento à população.

A secretaria também informou que solicitou à Procuradoria que ao menos 70% do efetivo retornem ao trabalho ainda nesta semana, caso o pedido não seja acatado pela Justiça.

A Procuradoria-Geral do DF informou que recebeu o pedido no fim da tarde desta terça e que o ofício deve ser analisado na tarde desta quarta-feira (14).

Segundo a Saúde, os pedidos foram feitos porque em unidades como as farmácias de alto custo não há funcionários atendendo, e a população fica desassistida. Nesta segunda (12), pessoas que procuraram as duas unidades desse tipo de farmácia no DF tiveram dificuldades para buscar remédios.

Os servidores estão em greve desde sexta-feira (9) para cobrar pagamentos em atraso, como horas extras e 13º. A proposta dos trabalhadores prevê a intensificação do movimento até a próxima sexta (16) ou até que o GDF apresente um cronograma para quitar salários e benefícios. O governo promete apresentar um calendário até a próxima quinta-feira (15).

Em nota, a pasta disse que “reconhece que a paralisação dos servidores é legítima, mas entende também que a realização de uma greve nestas circunstâncias coloca em risco a vida de muitos pacientes”.

Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde), Marli Rodrigues, o pedido já era esperado. Ela afirmou que os servidores continuarão com a greve e os protestos.

“Eu não recebo a notícia com surpresa, visto que é uma prática de governos que não têm capacidade política para negociar com os trabalhadores. O governo mostra que vai radicalizar. A categoria segue firme nas propostas e com os atos marcados”, disse.

Greve
No sábado (10), os servidores receberam os salários relativos ao mês de dezembro, que deveriam ter sido pagos até a última quinta (8). O GDF diz ter repassado R$ 409,44 milhões, vindos do Fundo Constitucional, depositado pela União. O Sindsaúde confirmou o depósito, mas segue cobrando o pagamento de outras parcelas atrasadas.

As categorias também decidiram que não vão mais fazer horas extras até que o pagamento do benefício seja regularizado. O ato afeta a escala do Samu, que não pode entrar em greve por ser um serviço de urgência.

Segundo o sindicato, as escalas médicas e de assistência à saúde não “fecham” sem as horas extras porque há carência de profissionais. Com a recusa, os servidores vão cumprir apenas as horas previstas em contrato, já que não estão recebendo pelo trabalho excedente.

Fonte: G1

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