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PT fecha acordo para Sibá Machado ser líder da bancada na Câmara

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A bancada do PT na Câmara fechou um acordo para que o deputado Sibá Machado (PT-AC) assuma a liderança do partido em 2015. Conforme deputados da legenda ouvidos nesta terça-feira (13), entre eles o próprio Sibá, o entendimento será formalizado em uma reunião entre parlamentares marcada para o dia 31 de janeiro.

O líder de partido é responsável por orientar a posição da bancada nas votações e negociar em nome de todos com a oposição e o governo, além de participar das reuniões para definição da pauta do plenário.

“Está fechado. A ideia do acordo está feita e caminhando para não ter voto na bancada”, disse Sibá Macho. A articulação foi costurada entre duas alas do partido que vão se alternar no comando da sigla dentro da Casa nos próximos dois anos.

Sibá foi escolhido pela corrente CNB (Construindo um Novo Brasil) e, para 2016, a indicação caberá ao grupo Mensagem ao Partido, que também reúne dissidentes da CNB. O nome mais cotado para o próximo ano é o de Décio Lima (PT-SC), mas o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) também está na disputa.

“Tem dentro do PT a história das agremiações e, para 2015, a CNB me escolheu. O pessoal da Mensagem indicará para 2016”, explicou Sibá. O acerto para que a CNB ocupe a liderança do PT em 2015 se deu porque, atualmente, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), da corrente Mensagem ao Partido, é o líder do governo na Câmara. A ideia é que as duas alas possam ter posição de destaque.

Cotado para assumir a liderança em 2016, Décio Lima confirmou o entendimento para eleger Sibá Machado neste ano.  “O PT está em vias de consolidar um acordo que deve acontecer na reunião do dia 31, quando a liderança vai [definir] ficar com Sibá Machado esse ano e, no segundo ano, comigo. O acordo deverá se estender para os quatro anos, e a intenção é já definir os nomes para o segundo período, 2017 e 2018”, disse o petista.

No entanto, outras lideranças do partido tentam emplacar o nome de Molon para 2016. O petista, que foi relator do Marco Civil da Internet, também é do grupo Mensagem ao Partido. Para garantir a indicação de Décio, alguns parlamentares negociam entregar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a Molon. A CCJ é o colegiado mais estratégico e prestigiado na Câmara.

“Existe esse ambiente de acordo, essa proposta que ainda vai ser fechada. Os três nomes colocados são Sibá Machado, Alessandro Molon e Décio Lima. A dificuldade é saber quem vai liderar em qual período”, disse o deputado Paulo Teixeira (SP), vice-líder do PT.

Como futuro líder da bancada, Sibá prevê um 2015 difícil na Câmara para o PT, que viu o seu espaço na Casa diminuir dos atuais 86 deputados para 70 eleitos em outubro. “Eu vejo 2015 um ano que promete uma certa dificuldade, não será um ano simples, porque o PT perdeu deputados”, afirmou.

O parlamentar do Acre assumirá a liderança e seu segundo mandato na Câmara a partir de 1º de fevereiro, quando a nova legislatura tomará posse. No Senado, ele ocupou como suplente a vaga da ex-senadora Marina Silva enquanto ela chefiava o Ministério do Meio Ambiente, de 2003 a 2008.

Demais partidos
Outros partidos também já iniciaram negociações para definir o futuro líder das bancadas.  No PMDB, a liderança é almejada por cinco deputados, que deverão disputar o cargo com a eventual saída do atual líder, Eduardo Cunha (RJ).

À frente da bancada desde o início de 2013, Cunha recebeu o aval da nova composição para permanecer no posto. No entanto, ele disputa a presidência da Câmara e, caso seja eleito no dia 1º de fevereiro, a vaga de líder ficará aberta.

Entre os postulantes estão Manoel Júnior (PB), Lúcio Vieira Lima (BA), Danilo Forte (CE), Leonardo Picciani (RJ) e Marcelo Castro (PI). Apesar de terem colocado seus nomes na disputa, eles têm evitado fazer campanha aberta.

“Cunha nos pediu, aos postulantes à liderança, para que não fizéssemos campanha. Eu estou cumprindo esse rito, não estou pedindo voto nem tampouco fazendo articulações neste sentido”, disse Manoel Júnior.

Segundo ele, a reunião para discutir a liderança será no dia 1º de fevereiro, após a eleição para a presidência da Câmara. “Comemorando a vitória de Eduardo, nós vamos escolher o líder”, afirmou. Na avaliação do parlamentar, a tendência é que a bancada mantenha a mesma posição de independência em relação ao Palácio do Planalto, embora o PMDB faça parte da base de sustentação do governo.

No comando da bancada, Cunha protagonizou diversos embates com o Executivo ao capitanear dissidências em votações que levaram a derrotas para a presidente Dilma Rousseff.

“Vamos cumprir justamente os mesmos passos que Eduardo cumpriu até porque não era a vontade do líder Eduardo Cunha que prevalecia sempre, era a vontade da bancada. E essa continuará sendo a nossa receita de sucesso”, disse Júnior.

No PSDB, a disputa está entre os deputados Domingos Sávio (MG), Marcus Pestana (MG) e Carlos Sampaio (SP). O partido vai se reunir na semana que antecede a posse na Câmara para anunciar a decisão.

Já no DEM, três nomes estão cotados para liderar a sigla em 2015, Onyx Lorenzoni (RS), Pauderney Avelino (AM) e o atual líder, Mendonça Filho (PB). Segundo parlamentares ouvidos e que não quiseram ser identificados, diante da disputa entre Onyx  e Pauderney, a tendência é manter Mendonça na liderança para evitar um racha no partido.

Fonte: G1

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