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Salões de beleza do DF têm de contar com técnico em microbiologia até abril

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Salões de beleza do Distrito Federal têm até o início de abril para contratar um profissional com conhecimentos em microbiologia, esterilização de equipamentos, limpeza e gerenciamento de resíduos. A medida faz parte de uma nova regra estabelecida pela Vigilância Sanitária neste mês.

A norma vale também para barbearias, estúdios de depilação, de estética e de massagem. O estabelecimento também precisa criar de um manual com todas as atividades desenvolvidas no ambiente e o fornecer luvas, óculos, máscaras e jalecos para funcionários. Quem descumprir a regra poderá ser multado e ter o alvará de funcionamento cancelado.

Segundo a Vigilância Sanitária, a regra foi criada porque os profissionais da área de estética estão mais expostos a riscos de contaminação com produtos químicos e a doenças. As manicures, por exemplo, tem uma incidência 10 vezes maior de hepatite B do que a população em geral.

O diretor do órgão, Manoel Neto, afirmou que o governo vai esclarecer melhor os empresários até abril.

Repercussão
O Distrito Federal tem cerca de 10 mil salões de beleza, a maioria é de pequeno porte. Com a nova medida, profissionais do setor temem o alto custo do técnico especializado e questionam a eficácia dos procedimentos.

A diretora do Sindicato dos Salões de Barbeiros e Cabeleireiros do DF, Fátima Oliveira, afirma a regra que vai aumentar o custo da manutenção e que o valor será repassado para os clientes. “Vai onerar muito o custo. Não tenho noção quanto custa, não sei qual é esse profisional para o qual vou recorrer, mas ele vai ter um custo, nós temos um custo muito alto. Com certeza, vai ser repassado para o cliente.”

No salão de beleza na Asa Norte onde o cabeleireiro Zarur trabalha há 18 anos, não há um responsável técnico, apesar de funcionários terem cursos específicos na área. “A gente também precisa de um lugar para ser preparado, uma condição para isso, o que não estamos tendo. A gente que está nesse ramo só está sendo exigido e cobrado. Aliás, pagando muito alto para estar no mercado.”

No salão da cabeleireira Maria Aparecida Alencar, na Asa Sul, há dois responsáveis técnicos, mas eles terão de fazer outros cursos para atender às exigências. Ela diz não saber onde fazer o curso para se especializar, mas quer passar adiante o que vier a aprender.

“Eu gostaria de saber onde tem o curso para eu fazer, que eu quero aprender. Eu acho muito importante, mas com conhecimento de verdade, não só teoria. Tem que aprender de verdade para poder passar adiante, orientar os profissionais, alguém que saiba orientar os profissionais e exigir”.

Fonte: G1

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