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Cunha diz que chamou ex-procurador para defendê-lo se estiver em lista

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (4) que convidou o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando Souza para defendê-lo na eventualidade de ele, Cunha, estar entre os alvos dos pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos na Lava Jato, enviados nesta terça-feira pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2007, Antonio Fernando de Souza fez a denúncia que tornou réus 40 então suspeitos de envolvimento no escândalo do mensalão, esquema de compra de votos de parlamentares para aprovar matéria de interesse do governo no Congresso, durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de se aposentar da Procuradoria da República, Souza passou a atuar como advogado.

Eduardo Cunha disse que convidou o ex-procurador para defendê-lo “porque ele tem toda a autoridade”. Segundo o presidente da Câmara, Souza aceitou o convite.

“Eu o convidei para que, se necessário for, se for verdadeira a informação que está sendo colocada, que ele vá lá. Inclusive, pedi a ele que peticionasse para saber se existe realmente alguma coisa, uma atitude que eu tenho que tomar. Se todos os jornais estão declarando que eu estou com algum pedido de investigação, é natural que eu busque um advogado para saber informações”, afirmou.

Ao G1, Antônio Fernando de Souza disse que não exclui a “possibilidade” de defender Eduardo Cunha, mas destacou que só poderá confirmar se atuará ou não no caso quando souber se o  presidente da Câmara está, de fato, na lista enviada por Janot.

“Eu só confirmo participação quando eu sei qual é causa e se há causa a ser defendida. Eu não excluo a possibilidade. Não me escondo quando defendo alguma causa, mas só posso saber se vou ou não participar quando souber do que se trata”, afirmou.

Eduardo Cunha voltou a dizer que não recebeu alerta de que estaria na lista, enviada ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Até agora, só tem especulação, eu não posso comentar especulação. A única coisa que eu posso desmentir, pela décima vez, é que eu não fui avisado de nada nem pelo [vice-presidente da República, Michel] Temer. Estive com o Temer em praticamente todos os dias e em nenhum dia ele falou nada”, afirmou.

Renan
Indagado sobre a possibilidade de estar entre os alvos dos pedidos de abertura de inquérito pela Procuradoria Geral da República, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira que terá resposta para qualquer questionamento que receber.

“É importante dizer que eu não tenho nada, absolutamente nada com isso. Qualquer eventual citação, se houver com relação a mim, será de terceiros, indireta, eu não tenho absolutamente nada com isso e estou aguardando que haja o questionamento para que eu possa dar a resposta. Eu terei resposta para qualquer questionamento porque absolutamente eu não tenho nada a ver com isso”, declarou Renan.

Fonte: G1

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