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Novacap retoma produção de asfalto e volta a tapar buracos em vias do DF
O governo do Distrito Federal informou que retomou neste mês o fornecimento de massa asfáltica, até então suspenso por causa das contenções orçamentárias. São produzidas cem toneladas por hora, e o foco é atender às demandas das administrações regionais, do DER e da Novacap.
Ceilândia, Guará, Taguatinga e Vicente Pires foram as regiões administrativas que, antes da interrupção dos serviços, mais acionaram a Novacap em busca de massa asfáltica. A média era de três a quatro toneladas do material a cada requisição.
“Essa produção é importante para devolver à população do DF, por meio de manutenção das vias das cidades, o que ela paga em impostos”, diz o chefe da Seção de Produção de Asfalto da Novacap, Maurílio Tiberi Caldas. “Apenas pedimos a compreensão do cidadão. Fica bastante complicado o processo de revitalização das vias durante esse período de chuvas.”
Para fazer o pedido, as administrações regionais devem levar ofício à Novacap. Após o trâmite do processo, elas recebem uma autorização com validade de um mês. Os responsáveis devem então levar o documento em cada retirada, informando a quantidade necessária.
Os cidadãos que virem problemas nas vias públicas também podem fazer a solicitação, por meio do telefone 3403-2626. Além da Novacap, sete empresas contratadas retomaram a operação para tapar buracos em todas as regiões do DF.
Crise financeira
A crise do final de 2014 afetou os serviços de manutenção de gramados e limpeza de canteiros ornamentais, suspendeu a segunda fase do Programa Asfalto Novo e culminou com o remanejamento de R$ 84 milhões milhões de convênios com o governo federal – incluindo o fomento a programas de combate e prevenção a doenças como dengue e Aids, que apresentaram indicadores ruins neste ano – para pagar dívidas com fornecedores e reabastecer a rede pública com medicamentos e materiais hospitalares.
Além disso, creches conveniadas fecharam as portas por falta de repasse, e motoristas e cobradores de ônibus e micro-ônibus entraram em greve por não terem recebido salário. Servidores concursados da Educação e da Saúde chegaram a fechar o Eixo Monumental dias seguidos contra os atrasos no pagamento. Parte deles ainda não recebeu o 13º.
O GDF alegou na época que teve uma arrecadação menor do que a esperada e que isso se refletiu na dificuldade para honrar o pagamento de funcionários e manutenção de serviços. A equipe do novo gestor, Rodrigo Rollemberg, estimou déficit de R$ 6,5 bilhões.
Um levantamento feito pelo Ministério Público apontou que o Executivo cancelou verba de programas prioritários – como alimentação de presidiários, transporte de alunos da educação especial, reforma de escolas, atendimento a vítimas de agressão doméstica e manutenção de podas – para a realização da festa de réveillon na Esplanada dos Ministérios. O evento foi orçado em 1,6 milhão.
Fonte: G1
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