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Líder do governo na Câmara defende pacto com a oposição

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Um dia após as manifestações que tomaram as ruas de várias cidades do país, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu fazer um “pacto” com a oposição em prol das “instituições” e para garantir a aprovação da reforma política e de ajustes fiscais. O petista informou ainda que vai trabalhar nas próximas semanas para votar a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas.

“Essa luta de mata-mata aqui dentro não é boa. Temos que dialogar com a oposição. Num momento como esse, o Congresso deveria se debruçar sobre a pauta econômica, a pauta política. […] Estabelecer pactos políticos no Congresso. Isso que temos que fazer. Acho que devemos fazer uma repactuação”, afirmou.

Para Guimarães, a prioridade na reforma política deve ser a discussão do financiamento de campanha. O petista defendeu o financiamento exclusivamente público como resposta aos escândalos recentes de corrupção. De acordo com as investigações  da Operação Lava Jato, parte do dinheiro do esquema de pagamento de propina na Petrobras era destinado a abastecer o caixa de partidos políticos, entre os quais PT, PP e PMDB.

“Acho que a centralidade da reforma é uma, é o financiamento privado. Ou o Congresso se convence disso ou não tem reforma política. Prefiro financiamento público, porque democracia tem custo. Se não for possível, que pelo menos a gente acabe com financiamento de empresas privadas”, afirmou.

Guimarães disse ainda que o governo poderá pedir regime de urgência constitucional ao projeto que regulamenta o imposto sobre grandes fortunas. “Nós precisamos ampliar o ajuste, não tem como ficar nas medidas que já tomamos. Nós temos que avançar na taxação, algum tipo de tributo para as grandes fortunas, as grandes heranças, a aqueles grandes rentistas no exterior”, disse.

Manifestações
Segundo o petista, as manifestações demonstram que o governo “tem que fazer mudança na política e na economia”. “Se não fizermos isso, as ruas nos engolem”, afirmou. Ele defendeu ainda mudanças nas diretrizes do PT e reconheceu que o partido “está sofrendo”.

Para o líder do governo, está havendo “uma supervalorização dos ataques” ao partido. “Evidentemente que o PT está sofrendo. Precisamos de grandes pactos pela renovação do PT, criar uma nova relação com os movimentos sociais. O PT de hoje não é o PT de ontem. Quando o PT foi fundado, o Brasil era outro. Precisa fazer uma atualização programática.”

Apesar de reconhecer a necessidade de mudanças, Guimarães questionou a estimativa da polícia militar sobre o público presente às manifestações de domingo a acusou a mídia de dar mais visibilidade aos protestos contra a presidente Dilma Rousseff que aos atos em defesa da Petrobras, que ocorreram na última sexta.

“Na narrativa, evidentemente que houve uma supervalorização. Não houve o mesmo tratamento nos protestos de sexta na comparação com os de ontem. Não é razoável os cálculos exagerados [de público] que são feitos”, disse.

Fonte: G1

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