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Após demissão de ministro, Câmara recua de votar reajuste a aposentados
Após uma sessão tensa na Câmara que culminou no pedido de demissão do ministro da Educação, Cid Gomes, o plenário da Casa recuou da decisão de votar nesta quarta-feira (18) uma proposta que estende o reajuste do salário mínimo aos aposentados. A votação chegou a ser iniciada, mas, graças a acordo capitaneado pelo PMDB com o governo depois de o ministro anunciar que deixará a pasta, a análise da matéria foi adiada.
Em um ano econômico difícil, o reajuste a aposentados com base nas regras do salário mínimo desagrada ao governo por representar mais gastos aos cofres públicos. O PT apresentou um requerimento para retirar o assunto da pauta, que foi aceito, após o anúncio de Cid Gomes, por um placar de 226 votos a favor e 208 contra.
A expectativa dentro do PMDB, agora, é que o governo tente negociar a medida com o parlamento. “Vamos deixar que o governo negocie uma proposta para os aposentados”, disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).
A proposta de novo modelo de reajuste da aposentadoria foi incluída como emenda (sugestão de alteração ao texto) ao projeto que estende até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo. O texto principal do projeto foi aprovado na semana passada, mas a emenda sobre a aposentadoria ficou pendente de análise justamente devido à falta de acordo.
A atual regra do salário mínimo vigora desde 2011 e teria validade só até o fim deste ano. A legislação vigente determina que o mecanismo de atualização do salário mínimo seja calculado com a correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a variação do PIB de dois anos anteriores.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), autor da proposta, saiu em defesa do projeto dizendo que o governo é contra dar “um mísero aumento para esses trabalhadores aposentados”.
Fonte: G1
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