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Renan Calheiros diz que não cabe ao PMDB ‘pleitear’ comando do MEC
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta quinta-feira (19) que o PMDB não pode “pleitear” a titularidade do Ministério da Educação após a saída de Cid Gomes da pasta. Segundo Renan, é preciso ter presente a “lógica do presidencialismo”.
Na noite desta quarta (18), o então ministro da Educação, Cid Gomes, entregou o cargo à presidente após discutir com deputados no plenário da Câmara. Nesta quinta, em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff disse que a troca no comando da pasta será feita “o mais rápido possível.”
“O PMDB, no presidencialismo, ele não pode pleitear nada. A presidente, quando entende que é importante a participação do partido em alguma pasta, a presidente convida. Mas é preciso que nós tenhamos presente a lógica do presidencialismo”, afirmou o presidente do Senado.
Renan Calheiros chegou à Casa dizendo que não iria falar com a imprensa mas, diante da insistência, conversou rapidamente com os jornalistas.
Ao ser perguntado se, como presidente do Congresso, achou que a postura do ex-ministro Cid Gomes de chamar os deputados de”achadores” e “oportunistas” foi desrespeitosa, Renan Calheiros se limitou a dizer: “depois eu falo.”
Demissão
Depois de abandonar o plenário em meio à sessão, Cid Gomes foi ao Palácio do Planalto e pediu demissão à presidente Dilma Rousseff, que aceitou imediatamente. A exoneração de Cid Gomes já foi publicada no Diário Oficial da União.
O pedido ocorreu logo depois de o ministro participar na Câmara dos Deputados de sessão em que declarou que deputados “oportunistas” devem sair do governo.
“A minha declaração na Câmara, é óbvio que cria dificuldades para a base do governo. Portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável”, declarou o ministro.
O Palácio do Planalto informou após a demissão de Cid Gomes que o secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa, comandará o Ministério da Educação interinamente. Costa já foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e foi secretário-executivo do MEC em 2014, quando a pasta era chefiada por Henrique Paim.
Fonte: G1
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