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Aparelhos de ginástica que custaram R$ 1 milhão ao GDF estão sem uso
Equipamentos de ginástica que custaram R$ 1 milhão estão largados há pelo menos seis meses no gramado da sede da Novacap, às margens da Epia, e em um galpão da empresa, sem previsão para serem instalados. Os equipamentos são para a implantação de pontos de encontro comunitário (PECs). Há 92 conjuntos não instalados, cada um com dez equipamentos. Cada conjunto custa R$ 11 mil.
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, a Novacap comprou 577 conjuntos em três licitações. Ao todo, foram instalados 485 conjuntos. Os 92 que sobraram ficaram sem uso porque as empresas contratadas para fazer o serviço deixaram de receber do governo no ano passado.
O último contrato para implantação dos kits de ginásticas em áreas de lazer foram firmados em setembro de 2013 com sete empresas, ao custo de R$ 9 milhões. A instalação foi dividida em 11 lotes, em 16 regiões administrativas. A previsão era de que Asa Norte, Lago Norte, Sul, Varjão, SIA, SCIA, Guará I e II, Recanto das Emas e Riacho Fundo I e II, Gama, Santa Maria, Jardim Botânico, São Sebastião, Itapoã e Paranoá e Samambaia recebessem os conjuntos.
O prazo para instalação dos equipamentos era de 90 dias após a data de assinatura do contrato, mas desde o ano passado o GDF vem publicando aditivos no Diário Oficial do DF postergando a conclusão do serviço.Na quadra 4 da Candangolância, o terreno chegou a ser preparado para receber o ponto de encontro, mas as obras não foram adiante. “Estava tudo certo com a Novacap para colocar, foi relacionado tudo, mas com a mudança do governo a coisa caiu por terra porque o governo alega falta de dinheiro”, diz o líder comunitário Zoroastro Prates. “Conseguimos tirar uma invasão da praça e preparamos a área com máquinas para acertar o piso e ficar no ponto para o caminhão de concreto apenas chegar lá e despejar o cimento.”
Prates diz que a quadra tem cerca de mil moradores que gostariam de usufruir dos equipamentos e de uma área comum. “É um setor onde vive muita gente. As pessoas gostam, principalmente as mulheres, que fazem caminhada e aproveitam e passam no PEC, fazem a sua ginástica, o seu alongamento”, diz.
Segundo a secretaria, dos 11 lotes contratados, 3 foram integralmente atendidos: Asa Sul e Lago Sul (lote 2), Núcleo Bandeirante, Park Way, Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal (lote 6) e Planaltina e Sobradinho (lote 3).
A pasta informou que pediu a extinção do contrato de parte de dois lotes por falta de endereço físico para instalação: o lote 7, que abrange o SIA, SCIA, Guará I e II, e o lote 4, com as regiões de Ceilândia e Brazlândia. O lote 1, que contempla Asa Norte e Lago Norte, foram extintos por falta de execução dos contratos.
A estimativa é que o custo para instalação de cada ponto comunitário fosse de R$ 32,4 mil. O trabalho de implantação dos equipamentos, de acordo com o edital, consiste na instalação de concreto estrutural usinado, armadura de tela de aço, cordão em concreto, meio-fio em concreto pré-moldado e execução de calçada em concreto usinado.
De acordo com a Subsecretaria de Atendimento às Cidades, outros 80 PECs devem ser instalados até o final de 2015, assim que o órgão receber a verba para retomada do projeto.
Líder comunitário no Paranoá e Itapoã, Raimundo Paz afirmou que as regiões receberam os equipamentos, mas que eles já estão em péssimo estado de conservação. “Hoje, o que acontece é que estamos precisando de uma verdadeira reforma nos aparelhos porque existe muito vandalismo”, disse.
“Tratamos disso na nossa última reunião do conselho de cultura e esportes. A maioria dos aparelhos está vandalizado, quebraram ele quase todo, e o pessoal usa bastante para fazer exercícios, os idosos, idosas, jovens. É uma coisa muito bacana, mas precisa ter uma política melhor por parte do governo.”
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