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Movimentos por moradia ocupam imóveis em São Paulo

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O movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) fez uma série de ocupações entre a noite de domingo (12) e a madrugada desta segunda-feira (13) em todas as regiões da cidade. O movimento diz que 16 imóveis foram ocupados, mas a Polícia Militar confirma apenas nove, como mostrou o Bom Dia São Paulo.

A maior parte das ações do movimento foi no Centro da capital paulista. Segundo a PM, pouco depois de meia noite, pessoas ligadas ao FLM entraram em prédios particulares nas ruas José Bonifácio, Líbero Badaró, XV de Novembro, Consolação, Augusta, Conselheiro Crispiniano e Coronel Xavier de Toledo, na região central de São Paulo.

Os militantes dizem que os prédios ocupados estavam vazios, alguns com dívidas e até mesmo penhorados.

No entanto, o empresário Sergio Garcia se apresentou como dono de um prédio invadido por cerca de 200 famílias na Rua Conselheiro Furtado, na Liberdade. Ele disse que mora no local, onde também funciona uma tapeçaria. Segundo relato feito ao Bom Dia São Paulo, o imóvel estava para alugar havia dois anos. A tapeçaria teria ficado destruída.

“Que movimento é esse que toma a empresa dos outros, toma a casa dos outros. Eu falei que morava aqui em cima. Mostrei minhas roupas, meu guarda roupa, minha televisão, minhas coisas. Peguei só a cachorra e desci”, afirmou o empresário.

Alexandre Santana, que é integrante do movimento, mostrou um documento de 1983 que comprovaria que o imóvel que foi desapropriado pela Prefeitura. “Estamos aqui dentro e não estamos vendo o uso do prédio. Se nós tomamos como base o Plano Diretor Estratégico, ele teria que ter pelo menos 40% prédio em atividade”, afirmou.

No momento em que os sem teto ocupavam um dos prédios houve conflito com a PM. De acordo com o Bom Dia São Paulo, os policiais chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo e uma idosa ficou ferida no tumulto.

O movimento afirma que as cerca de 2 mil famílias precisam de um alojamento provisório enquanto aguardam uma moradia.

O movimenta reivindica a melhoria de programas sociais, como o programa Minha Casa Minha Vida, e parcerias com a prefeitura e governos na elaboração de convênios e construção de moradias populares.

Segundo Heloísa Soares, coordenadora executiva da FLM, as ocupações fazem parte de uma jornada nacional que busca sensibilizar a sociedade. “É preciso mostrar que existem vários imóveis desocupados na cidade”, diz.

Segundo a FLM, com a ação desta segunda-feira, subiu para 44 o número de imóveis ocupados na capital.

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