Brasil
Professores grevistas passam a noite acampados na Assembleia Legislativa
Um grupo de professores grevistas da rede estadual está acampado desde a noite de quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista. Por volta das 6h30, eles tomavam café, como mostrou o Bom Dia São Paulo.
Os professores pretendem deixar o local apenas na tarde desta quinta-feira (16), depois de uma audiência pública em que dez representantes dos grevistas apresentarão aos deputados suas reinvindicações e propostas.
De acordo com o sindicato da categoria, 350 docentes permaneceram nas galerias da Alesp. Em greve desde 13 de março, os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior.
O sindicato alega que a Secretaria de Estado da Educação acenou com 10,5% de aumento para apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede.
Os professores também pedem melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das salas de aula restantes. A garantia de direitos para docentes temporários também está entre as demandas dos grevistas.
Greve
Na última sexta-feira (10), cerca de 60 mil pessoas participaram de protesto e de assembleia que definiu a manutenção da greve.
Na última segunda-feira (13), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a greve na rede estadual de ensino é realizada por professores temporários.
Questionado se o governo vai negociar com os manifestantes, Alckmin defendeu que os professores tiveram reajuste acima da inflação nos últimos anos.
“Nós últimos quatro anos nós tivemos 45% de reajuste para uma inflação de 24% e vamos manter esses ganhos reais. O último aumento foi em agosto, não completou ainda nem um ano”, justificou.
“A greve é mais dos temporários, não tem greve de professor efetivo”, afirmou o governador.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login