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Contra projeto da terceirização, CUT faz novo ato no aeroporto de Brasília

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Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizaram na manhã desta quarta-feira (22) um novo ato na área de desembarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, contra o projeto de lei que amplia e regulariza os contratos de terceirização de trabalhadores às empresas. No início do mês, o grupo já havia se mobilizado no local para protestar contra o projeto.

Segundo a Polícia Militar, 40 pessoas participavam do protesto às 9h. A organização afirmou o número em 50 pessoas. Elas diziam “Não à retirada de direitos, não à precarização” enquanto entregavam panfletos aos passageiros que chegavam em Brasília.

O projeto de lei 4.330, alvo da manifestação, tramita há dez anos na Câmara dos Deputados e vem sendo discutido desde 2011 por parlamentares, centrais sindicais e sindicatos patronais. O texto prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.

O texto principal do projeto da terceirização foi aprovado pelos deputados no último dia 8. No entanto, ficou pendente a análise das sugestões de alteração no texto original. A previsão é que a Câmara retome nesta quarta-feira (22) a apreciação dos destaques para concluir a votação.

Ao mesmo tempo em que manifestantes ligados à CUT protestavam contra o projeto, um grupo representando a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) circulava na área de desembarque do aeroporto com faixas e panfletos a favor da proposta.

Abordagem a parlamentares
O secretário de finanças da CUT de Brasília, Julimar Roberto de Oliveira, afirmou que o objetivo do ato é fazer os deputados favoráveis ao projeto repensarem o posicionamento. “Fizemos no início do mês o protesto. Na semana passada, algumas paralisações. A pressão funcionou. Alguns deputados andaram repensando, mas queremos que seja reprovado o projeto na íntegra”, disse. “Acreditamos que, pressionando, alguns deputados mudem de ideia e retrocedam da decisão passada.”

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que não é contra a regulamentação, mas contra a terceirização das atividades fins. “Reconhecemos que é importante regulamentar, mas não aceitamos que se terceirize as atividades fins. Conquistas das décadas dos trabalhadores como a CLT agora estão ameaçadas.”

Mobilização
Oliveira disse que, mesmo que o projeto seja aprovado na Câmara e depois votado no Senado, a categoria continuará se mobilizando. “Se precisar, vamos trabalhar com uma paralisação geral, dependendo do que aconteça hoje na Câmara e depois no Senado.”

Ele disse que a partir das 14h o grupo vai se mobilizar em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados. “No aeroporto vamos receber os parlamentares e explicar para as pessoas que desembarcam os absurdos desse projeto. À tarde, vamos fazer pressão.”

Fonte: G1

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