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Professor diz ter sido agredido por seguranças em hospital infantil em SP

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O professor universitário Alexandre Tadeu Fae Rosa, de 43 anos, diz ter sido agredido por quatro seguranças do Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis, na região central de São Paulo, na noite de sexta-feira (17). A briga teria ocorrido após Rosa cobrar que seu filho de sete anos fosse atendido por um profissional do centro médico.

“A gente está indignado com tudo que aconteceu e sobretudo com a agressão gratuita em um pai que só estava pedindo atendimento do seu filho”, disse em entrevista  por telefone. Ele registrou a ocorrência nesta segunda-feira (20), no 18º Distrito Policial, na Mooca, bairro onde reside.

No corredor, ao avistar um profissional saindo de uma sala, Rosa diz que entrou no consultório e pediu que seu filho fosse atendido. “O médico respondeu dizendo que não ia atender porque ele era peão no hospital. Ele foi extremamente rude comigo e com minha esposa. Eu comecei a filmar com o celular, ele tentou tirar o aparelho da minha mão. Nisso, os seguranças me rodearam, me deram uma gravata. Eu cheguei a desfalecer”, narra.

O professor afirma que reagiu ao ser abordado, tentou se defender e está com marcas da agressão pelo corpo. “Teve luta corporal, eu fiz exame de corpo de delito. Eu tentei me defender, os caras me pegaram na frente do meu filho, dentro de um consultório médico.”

Em nota, o Hospital Infantil Sabará contesta a versão do professor. Segundo o centro médico, Rosa “invadiu o consultório e agrediu o médico com palavras de baixo calão em um estado emocional visivelmente alterado.”

O hospital alega que os seguranças foram obrigados a conter o pai do paciente. “Não intimidado pela presença do segurança, tentou agredir fisicamente o médico e neste momento foi necessário ser contido por quatro homens da equipe de segurança”, diz o texto.

A nota também nega que o professor tenha desmaiado. O hospital esclarece que a demora no atendimento é provocada “pelo período de pico nos prontos-socorros por conta da época de maior incidência de doenças respiratórias e dos casos de dengue.”

Ainda no centro médico, a família de Rosa acionou a polícia. Ele revela que foi orientado pelos policiais a ir a uma delegacia. “O policial disse para fazer um boletim de ocorrência e entrar com um processo contra o hospital porque era a terceira vez que a polícia recebia denúncia de falta de atendimento.”

Após a confusão, enquanto esperava que o hospital lhe desse um comprovante de que a família esteve no centro médico, eles foram chamados por outro profissional. “Pelo bem do meu filho, fiz o atendimento com outra médica”.

A família relata que não havia superlotação no hospital, e que não foi a única a questionar a morosidade no serviço prestado. “Ninguém dava explicação pela demora. Os funcionários diziam que tinham só três médicos e que os profissionais não querem mais trabalhar no hospital. Parecia haver uma operação tartaruga.”

Rosa revela que é a segunda vez que enfrenta problemas no Hospital Sabará em menos de um ano. Em agosto de 2014, seu filho precisou ser atendido três vezes no hospital até ser diagnosticado com pneumonia. “Tivemos problemas com erro de diagnóstico. Entramos em contato com a ouvidoria do hospital e recebemos apenas uma resposta padrão negando erro médico.”

O professor afirma que a família optou por um plano que oferecesse atendimento no Sabará. “Pagamos mais caro pelo convênio para que meu filho tenha atendimento no Sabará, que sempre foi referência no atendimento infantil.”

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