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Projeto que reduz administrações do DF ‘não corta gastos’, diz Celina Leão
A presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão (PDT), afirmou nesta sexta-feira (24), em entrevista, que o projeto de lei enviado pelo GDF que pretendia reduzir o número de administrações regionais de 31 para 25 não prevê corte de gastos. O texto elaborado pelo Executivo foi retirado da pauta na última quarta-feira (22), após enfrentar resistência dos parlamentares e de associações de moradores das regiões.
“O projeto atual da forma que está não prevê redução de gastos. Ele simplesmente retira a figura do administrador”, disse Celina. “Fizemos audiências públicas para debater o projeto e a população esteve em peso na Câmara e todos foram contrários à alternativa do governo de extinguir as administrações. A população sente como se aquele fosse o ponto de contato entre a comunidade e o governo.”
O GDF defendia a redução dos órgãos para diminuir os gastos com folha de pagamento, mas reconheceu nesta semana a dificuldade em aprovar a medida. O secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, afirmou que o governo estuda a exoneração de funcionários que foram nomeados nas administrações sem concurso.
Segundo o líder do PT e da oposição na Câmara, Chico Vigilante, os distritais vetaram a redução nos órgãos porque estão acostumados a indicar afilhados políticos para os cargos de confiança. No entanto, Celina afirmou que a proposta não previa extinção de cargos de deputados distritais. “Se um deputado tivesse uma administração, ele não teria perda de cargos políticos. Ele continuaria indicando os mesmos cargos, só seria retirada a figura do administrador.”
No início do ano, o GDF anunciou que Ceilândia teria duas administrações. O anúnciou levou a uma reação negativa de moradores e de entidades representativas. Quatro dias depois, Rollemberg voltou atrás da decisão e decidiu manter apenas um administrador na região.
A presidente da Câmara Legislativa considera que a decisão de colocar duas administrações em Ceilândia envolveu disputa política. “Como foi no começo do governo, envolveu muita disputa política e eu acho que isso talvez não foi bem interpretado, mas ainda há uma divisão muito grande, um pedaço da população de Ceilândia que gostaria de ter uma outra região administrativa, sim”, disse.
Fonte: G1
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