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Com 120 dias de gestão, Rollemberg cita crise, mas diz que ‘pior já passou’

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Em balanço dos 120 dias à frente do governo do Distrito Federal, completados nesta quinta-feira (30), Rodrigo Rollemberg voltou a citar a situação financeira deixada pela gestão anterior, exaltou o plano de redução de gastos em administrações e secretarias e disse que “o pior já passou”. O chefe do Executivo tem feito críticas ao quadro econômico desde o primeiro dia de gestão.

“Sou otimista. Acho que o pior já passou, o que não quer dizer que [não] vamos enfrentar muitas dificuldades”, disse Rollemberg.

Segundo o governador, o quadro encontrado impediu o GDF de adotar medidas como a contratação de mais servidores.

“Herdamos uma dívida enorme de despesas. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi descumprida pelo governador anterior, o que criou inúmeras dificuldades para a gente, como a impossibilidade de conceder aumentos e contratar mais gente por meio de concurso.”

Em entrevista ao G1, Agnelo Queiroz negou que tenha deixado dívidas. Ele criticou medidas adotadas pelo atual chefe do Executivo, como o parcelamento do salário dos servidores, e disse que Rollemberg apresentou “falso rombo nas contas públicas” para justificar aumento de impostos. Segundo o ex-governador, a atual gestão está adotando uma tática “nazista de repetir uma mentira várias vezes para transformar em verdade”.

Mesmo com críticas ao governo de Agnelo e foco nas dívidas herdadas, Rollemberg disse que os projetos estão saindo do papel e não quer ficar olhando para trás. “A gente não quer ficar remetendo ao passado. Só que temos de esclarecer a situação em que a gente está.”

Rollemberg também citou a desaceleração da economia nacional como um fator negativo para a capital federal. “A economia brasileira vive um momento de muita dificuldade. Claro que isso tem impacto no DF, ainda mais que recebemos dinheiro do Fundo Constitucional, mas estamos fazendo tudo ao nosso alcance. Eles só não são maiores do que o nosso compromisso com Brasília de entregarmos uma cidade muito melhor do que recebemos.”

Ele afirmou que as dificuldades para gerenciar a saúde são as que mais o incomodam. “O que mais me angustia são os problemas na área da saúde, são estruturais. Pegamos uma terra arrasada, totalmente desabastecida. Isso não se resolve rápido, mas vamos avançando a cada dia.”

Na prestação de contas, o governador disse que quando assumiu tinha R$ 1,5 bilhão em despesas com fornecedores não pagas, referentes a 2014, R$ 924 milhões para quitar da folha de pagamento de dezembro, R$ 364,5 milhões devidos a servidores da saúde e da educação e apenas R$ 64 mil em caixa.

O déficit no orçamento com a folha de pagamentos é  estimada em R$ 3,2 bilhões. Segundo o governador, faltam R$ 93 milhões para pagar o bolsa-família, R$ 214 milhões para a limpeza pública, R$ 97 milhões para alimentação hospitalar e R$ 50 milhões para UTIs em hospitais.

Questionado sobre quando essas dívidas devem chegar a um patamar aceitável, Rollemberg afirmou que “é muito difícil ter uma recuperação total até o final do ano”.

Em relação à saúde, ele falou que “vai levar ainda algum tempo” para a população sentir melhoras significativas. “É uma batalha diária, a gente compreende a aflição da população e reconhece que os serviços públicos de saúde são de má qualidade, mas a gente está trabalhando para melhorar a cada dia.”

O governador disse que as escolas ainda precisam de reformas estruturais, mas que estão funcionando bem. Segundo ele, as obras estão programadas para o recesso de julho. “Estamos em dia com todos os recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira, que eram as nossas obrigações desse primeiro quadrimestre, abrimos 11 novas creches, contratamos mais de 5 mil professores temporários. Ao longo dos quatro anos, vamos melhorar muito o ensino do Distrito Federal.”

Fonte: G1

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