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GDF vai duplicar trecho entre Guará II e Park Way ao custo de R$ 25 milhões

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O governo do Distrito Federal vai duplicar o trecho que vai da ponte sobre o córrego Vicente Pires, na QE 38 do Guará II, até os conjuntos 3 e 4 do Park Way. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as obras devem ter início no segundo semestre. O trecho é um dos principais pontos de congestionamento do Guará.

As obras estão orçadas em R$ 25 milhões e devem ficar prontas em até 18 meses após a assinatura do contrato com a empresa vencedora. A secretaria informou que busca as licenças necessárias para a duplicação.

O trecho a ser duplicado tem 1,8 km, segundo o secretário-adjunto de Infraestrutura, Maurício Canovas. “Será feito com o dinheiro de um empréstimo do Banco do Brasil e foi escolhido porque tem um fluxo muito grande de veículos. Por isso a prioridade. Acredito que vai melhorar muito a vida de quem passa por ali diariamente.”

A ponte sobre o córrego, de pista simples, será duplicada. Para as obras, parte da mata do local terá de ser derrubada. A via após a ponte até a linha férrea também receberá novas faixas. Na linha do trem, no acesso ao Park Way e a Arniqueiras, serão feitos viadutos ou passagens de nível.

Para o especialista de trânsito do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Marques da Silva, a solução parece ser adequada. “Pelo que vi no mapa, é uma obra que deve amenizar ou resolver os problemas ali. Vão limpar a área e a visibilidade.”

Congestionamento
Motoristas reclamam do trânsito que se forma na região nos horários de pico de manhã e à tarde nos dias de semana. O trecho recebe o trânsito de moradores do Guará, Park Way, Águas Claras e Núcleo Bandeirante.

O estudante de Educação Física Lucas Souza mora no Guará e estuda à noite em Águas Claras. “Saio às 17h40 para chegar a tempo na aula, que começa às 19h20. Se deixar para sair às 18h10 já não dá. O trecho em si é pequeno, mas chega gente de todo lado. Espero que fique melhor, não vou precisar sair com essa antecedência toda.”

A aposentada Lúcia Bruno afirma que também gasta muito tempo no trecho. “Fico direto aí uma meia hora. É isso todo dia. Ainda bem que não preciso mais passar aqui para trabalhar. Apesar do congestionamento, sabia que prefiro aqui do que a EPTG? É mais prático.”

O dono de um lava-jato na entrada da ponte no lado do Guará II, Edson Sato, diz que os engarrafamentos pioraram há cerca de três anos. “É perto de Águas Claras, que foi crescendo e trazendo mais gente. Sempre tem uns ‘espertinhos’ que vão pelo acostamento. É comum ouvir buzinas de vez em quando, mas nunca vi sair briga, graças a Deus.”

Além do alívio para motoristas, o comerciante diz que, com o fim do trânsito intenso, ele pode vir a lucrar mais. “Hoje fecho às 17h. Ninguém quer vir lavar o carro e pegar esse congestionamento. Perco clientes e dinheiro, porém, posso ver para fechar mais tarde dependendo de como vai ficar. Espero que possa trazer benefícios para nós também.”

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