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Juiz pede explicação sobre depósitos de R$ 583 mil para esposa de Vaccari
O juiz federal Sergio Moro pediu esclarecimentos ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto sobre depósitos em dinheiro feitos na conta da esposa, Giselda Rousie de Lima. Os depósitos, feitos entre os anos de 2008 e 2014, somam R$ 583.400 e, conforme Moro, não possuem origem comprovada, aparentemente. O prazo é de cinco dias.
A manifestação do juiz se deu após a defesa de Vaccari protocolar um pedido de revogação da prisão preventiva. Além do pedido, os advogados forneceram informações sobre as movimentações financeiras do ex-tesoureiro, da esposa, da cunhada e da filha, todas apontadas como suspeitas pelo Ministério Público Federal (MPF).
“Em vista da louvável disposição da Defesa para esclarecer os fatos e considerando a relevância do ponto para a prisão preventiva, intime-se a Defesa para, querendo, esclarecer os aludidos depósitos”, afirma o juiz no despacho, que foi publicado na quinta-feira (7).
No pedido de revogação, a defesa diz que o pedido de prisão foi baseado apenas em delações que apontam Vaccari como participante de esquema ilegal de captação de recursos, mas sem nenhuma comprovação de irregularidade. “Importante relembrar que em nenhum momento, quer nas delações premiadas, quer nas diligências na fase de investigação, nunca foi imputado ou encontrado como acusado, recursos em espécie, muito menos lhe foi apontada a titularidade de contas no exterior, pois o requerente jamais as teve”, diz trecho do pedido.
Autora dos depósitos
A cunhada de Vaccari, Marice Corrêa de Lima, chegou a ser presa após o MPF ter apontado ela como autora de depósitos sem comprovação de origem na conta da irmã, Giselda Rousie de Lima, esposa do ex-tesoureiro do PT. Segundo os procuradores, os depósitos configurariam lavagem de dinheiro de origem ilícita.
Dias depois, porém, o juiz Sergio Mororevogou a prisão dela, após Giselda protocolar um documento assumindo a autoria dos depósitos.
“Neste momento processual, porém, não tem mais este Juízo certeza da correção da premissa utilizada, de que ela seria a responsável pelos referidos depósitos, em vista da constatação posterior da semelhança física entre Marice e Giselda e da admissão por esta última de que seria a responsável pelos depósitos. Também não há mais certeza de que Marice teria então faltado com a verdade em seu depoimento no inquérito quanto a não ser a responsável pelos depósitos”, disse Moro, à época.
Fonte: G1
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