Brasil
‘Habitação não é prioridade do governo de São Paulo’, diz deputada
Parlamentar anuncia Frente pela Reforma Urbana e Habitação por ‘uma política pública mais clara, mais rápida, mais eficiente’ no estado
São Paulo – Em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (14), a deputada estadual Márcia Lia (PT) fala sobre o lançamento da frente parlamentar pela reforma urbana e habitação e da necessidade “urgentíssima” de se discutir o tema com os movimentos sociais e autoridades do governo do estado de São Paulo, em busca de uma solução para o déficit habitacional que, segundo ela, é de cerca de 1,2 milhão de unidades.
“A gente tem visto, nos últimos tempos, muitas pessoas que não têm onde morar, que moram nas ruas, com crianças, que não têm como se abrigar do frio e da chuva. Essa discussão da moradia é urgentíssima”, analisa a deputada.
Márcia atribui o déficit à “morosidade do governo do estado” na implementação de programas habitacionais. Segundo ela, Geraldo Alckmin (PSDB) demorou a “aceitar” o programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e mesmo após parceria entre ambas as esferas de governo – o programa Casa Paulista –, a deputada ainda percebe dificuldades.
“Parece que a coisa se arrasta e não acontece com efetividade. Não está sendo prioridade a questão da moradia para o governo do estado”, afirmou a deputada, que cobra agilidade em processos burocráticos e na busca por terrenos que possam ser destinados aos programas habitacionais.
Sobre a atuação da frente parlamentar, que deve ser lançada no próximo mês, a deputada diz que a intenção é estreitar o diálogo com os movimentos sociais de moradia para que possam apontar as suas necessidades. Em um segundo momento, conta Lia, as reivindicações deverão ser encaminhadas e negociadas com autoridades estaduais, como Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), e federais, junto a representantes da Caixa Econômica Federal e do ministério das Cidades.
“O desafio é que a gente consiga construir uma política pública mais clara, mais rápida, mais eficiente, para atender a milhares e milhares de famílias que estão na espera e na expectativa de uma moradia.”
Fonte: RBA
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