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Sindicatos decidem por greve em quatro linhas da CPTM na quarta

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Paralisação das linhas 7, 10, 11 e 12 acontece após audiência sem acordo.
Trens que atendem a 8-Diamante e a 9-Esmeralda devem funcionar.

Ferroviários decidiram em assembleias na noite desta terça-feira (2) entrar em greve a partir da 0h de quarta-feira (3) em quatro das seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo confirmou a paralisação das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da 0h até pelo menos as 14h, quando haverá nova assembleia. O Sindicato dos Trabalhadores da Central do Brasil também decidiu parar as linhas 11-Coral e 12-Safira.

O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, que responde pelas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, porém, decidiu que seus trabalhadores não vão aderir à paralisação. As linhas devem funcionar normalmente na quarta.

O desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinou que deve ser mantido um contingente de 90% do efetivo de maquinistas e 70% dos demais profissionais entre 4h e 10h e entre 16h e 21h. Nos demais horários, 60% dos funcionários devem trabalhar. A liminar também impede que os trabalhadores efetuem a “liberação de catracas”. A multa diária para o descumprimento é de R$ 100 mil.

Em nota, a CPTM afirma que considera “irresponsável” a decisão dos dois sindicatos. “Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos.”

Os engenheiros que trabalham na companhia informaram que a categoria não aceitou a proposta oferecida pela empresa e que está em estado de greve. Ao contrário dos ferroviários, os engenheiros decidiram, porém, que não haverá paralisação. Eles vão aguardar nova rodada de negociações no dia 11 de junho.

Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans), da Prefeitura, informou que irá acionar o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) nesta quarta. Dessa forma, haverá reforço de ônibus que circulam pelas regiões das linhas da CPTM paradas. O número de veículos e as linhas que receberão reforço não foram informados.

Negociação
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os sindicatos que representam os ferroviários se reuniram nesta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a um acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. A CPTM ofereceu duas propostas.

Esta foi a terceira audiência de conciliação no TRT. Os ferroviários reivindicam 7,89% de reajuste salarial mais 10% de aumento real.  A próxima reunião no TRT está marcada para o dia 11, às 13h.

A companhia propôs reajuste salarial com base no IPC, de 6,6527%, com adicional de 1% e reajuste de 10% sobre os benefícios. A segunda oferta é de reajuste linear de 8,25% sobre salário e benefícios. O conselho de conciliação do TRT sugeriu ainda um reajuste de 6,6527% (IPC) + 1% de reajuste e 15% de aumento nos benefícios.

Durante a reunião, a CPTM chegou a oferecer 8,5% de reajuste salarial e de benefícios, mas, durante o recesso da audiência, a diretoria da empresa foi contra a proposta.

Metroviários
Na noite desta segunda-feira (1º), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo Metrô em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região.

Pela proposta o Metrô aumentou o reajuste dos salários de metroviários e engenheiros de 7,21% para 8,29%. Os dois sindicatos que representam as categorias pediam reajuste de 18,64% e 17,01%, respectivamente, mas na assembleia decidiu aceitar a proposta da empresa. Com isso, não haverá greve no Metrô de São Paulo.

O Metrô também ofereceu 10% de reajuste para vale-alimentação e vale-refeição desde que os trabalhadores aceitem a nova forma de pagamento da participação nos resultados da companhia, em parcela fixa mais 40% atrelados a metas. Atualmente só os 40% são vinculados a metas. “Foi uma conquista importante da categoria. Não é o que a gente queria mas na conjuntura atual foi o que conseguimos”, disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior.

NOTA DA CPTM
Na contramão da negociação salarial, sindicatos dos empregados de quatro linhas da CPTM deflagram greve.

O Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, representante dos empregados das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) não aderiram à paralisação, atitude que demonstra respeito e bom senso.

A CPTM considera irresponsável a decisão dos sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central, que representa os empregados das linhas 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana) e dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, representante das linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) e 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) de paralisar a prestação dos serviços, a partir da zero hora, desta quarta-feira, 3.

A decisão vai contra a recomendação da justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no TRT – Tribunal Regional do Trabalho.

Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos, confiando sempre no serviço prestado pela Companhia.

Na reunião de conciliação, realizada nesta terça, 2, na Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), a CPTM fez duas novas propostas:

1) o IPC FIPE do período, mais 1%, totalizando 7,72% de reajuste salarial e 10% nos benefícios vale alimentação, tíquete refeição e auxílio materno;

2) ou o IPC FIPE do período, mais 1,5%, totalizando 8,25% de reajuste salarial e sobre todos os benefícios.

Ambas foram recusadas pelos sindicatos, sendo que o TRT marcou nova reunião para o dia 11 de junho, recomendando que até lá não houvesse paralisação dos serviços.

Lembrando, a CPTM também garante a manutenção de conquistas históricas dos ferroviários como:

Direito à licença maternidade de seis meses para todas as trabalhadoras;

Estabilidade para gestante, por seis meses, após o encerramento da licença maternidade;

Licença amamentação c/ duas horas livres por dia para amamentar a criança, por 12 meses;

Auxílio materno infantil;

Plano de assistência médica gratuito para todos os empregados;

Pagamento de 100% nas horas extras e de 50% de adicional noturno entre outros;

Complementação do salário nos casos de afastamento pelo INSS até 3 anos;

Gratificação de férias de 2/3 do salário, portanto superior ao estabelecido pela Lei;

Anuênio: pagamento de 1% de aumento sobre o salário a partir do 5º ano de empresa até o limite de 35%

Assim sendo, confia na responsabilidade de seus empregados em garantir a prestação de serviço e não prejudicar os cerca de 3 milhões de passageiros que diariamente utilizam o trem como meio de transporte.

Fonte:g1

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