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Plano de contingência hídrica é ‘papelório inútil’, diz Alckmin

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Governador de São Paulo diz que plano não será usado e descarta rodízio.
Documento é exigido por prefeituras da região metropolitana para criar lei.

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o plano de contingência da crise hídrica, que deverá ser entregue em breve, é um “papelório inútil”. “Não vai ser aplicada contingência nenhuma. É outro papelório inútil”.

O plano de contingência tem sido cobrado por especialistas e ONGs desde o início da crise hídrica, em 2014. Nele, os gestores dos recursos hídricos definem diferentes cenários de criticidade e quais medidas tomar em cada uma. O objetivo do plano é evitar que decisões políticas se sobreponham às recomendações técnicas.

“Nós vamos atravessar o período seco sem nenhum rodízio, mas o Brasil é um grande cartório. Tem que fazer papel, gastar dinheiro. Para ficar na gaveta, para todo mundo ser cobrado. Vai ter plano de contingência, mas não vai ser utilizado porque não vai faltar água, embora muita gente torça”, disse o governador.

No início deste ano, o secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, criou um comitê da crise hídrica, com a participação de prefeitos, secretários e representantes da sociedade civil para elaborar e incluir o plano até abril, o que não ocorreu. A última promessa de Braga era divulgá-lo até o fim de junho.

Em maio, o Estado revelou o teor da minuta do plano de contingência proposta pela Secretaria. Nela, está prevista no pior cenário a adoção de rodízio de 5 dias sem água e dois com restrito à região abastecida pelo Sistema Cantareira. Segundo a assessoria de Braga, o conteúdo era um “rascunho”.

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