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Após 28 anos, supermercado Tatico deixa área pública em Ceilândia
Decisão judicial para saída de área pública é de 1998. Rede tem mais outras oito unidades no Distrito Federal.
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) iniciou nesta quarta-feira (23) a derrubada do supermercado Tatitico em Ceilândia. O estabelecimento foi construído em área pública e deveria ter sido desativado em 1998, por determinação judicial. O supermercado, no entanto, estava há 28 anos no local.
Em julho, o Tribunal de Justiça do DF derrubou uma liminar que autorizava a permanência do supermercado na área pública. Para atender à decisão, a direção do Tatico se antecipou e começou a retirar as mercadorias desde sábado (19).
De acordo com a Agefis, o supermercado já foi multado em R$ 242 mil por invadir área pública. A primeira notificação ocorreu em 2004. Nenhuma multa foi paga, segundo a Agefis.
O proprietário da rede de supermercados, José Cesílio, disse que todos os produtos vão ser levados para as outras oito unidades em Brasília. “Tem 28 anos que estou aqui. A luta foi grande para não sair. Só estou saindo porque não tinha jeito”, afirmou. “Aqui era só o matagal. Depois que você está dentro, com a coisa funcionando, você não quer largar.”
Cesílio confirmou que a derrubada da unidade vai afetar os números da empresa. “Essa loja vale R$ 100 milhões”, contou, sem revelar o lucro. “O governo, numa crise dessas, está desempregando 500 pessoas. É uma área que vai virar uma cracolândia.”
Cesílio confirmou que a derrubada da unidade vai afetar os números da empresa. “Essa loja vale R$ 100 milhões”, contou, sem revelar o lucro. “O governo, numa crise dessas, está desempregando 500 pessoas. É uma área que vai virar uma cracolândia.”
Apesar de reclamações do dono do supermercado sobre a condução da operação de derrubada, a ação da Agefis foi considerada regular por oficiais de Justiça do TJ.
A diretora da Agefis, Bruna Pinheiro, disse que a derrubada é “mais uma demonstração de que o GDF está protegendo o patrimônio público”. Ela afirmou que o governo tem interesse em fazer acordos e cobrar de quem ocupa área pública, mas que o supermercados desrespeitou “todos os acordos firmados”. “Não tem credibilidade.”
“O Tatico ocupa 4,5 mil m² sendo que 72% disso é público. É um empresário forte na cidade e tem toda a condição de continuar com as atividades de forma regular”, disse a diretora.
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