Conecte Conosco

Notícias Recentes

Em nova assembleia, servidores da Saúde do DF decidem manter greve

Publicado

em

Justiça determinou volta imediata ao trabalho ao considerar greve ilegal. Sindicato diz que não foi notificado; Rollemberg afirma que vai cortar ponto.

Em nova assembleia nesta terça-feira (13), servidores da Saúde do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada na última quinta, mesmo depois de a Justiça determinar a imediata volta dos profissionais ao trabalho por considerar a paralisação “ilegal” e “abusiva”. O sindicato da categoria afirma que não foi notificado da decisão e que a greve é por tempo indeterminado. O governador Rodrigo Rollemberg disse que, se necessário, vai cortar o ponto de quem não trabalhar.

Os servidores pedem o pagamento do reajuste salarial escalonado que havia sido acordado na gestão passada. O governador  anunciou no mês passado a suspensão do pagamento por falta de recursos.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 500 servidores se mobilizaram em frente ao ambulatório do Hospital de Base para a reunião. Após votação unânime para continuação da greve, o grupo marchou rumo ao pronto-socorro da unidade, onde uma oração foi realizada. Durante a marcha, todas as faixas da via em frente à Rua das Farmácias, na 102 Sul, foram interditadas no sentido W3.

Segundo a diretora do SindSaúde Stella Krause, estão paralisados médicos, técnicos, auxiliares, especialistas em saúde e odontologistas. Ela disse que a categoria, que tem cerca de 30 mil servidores, foi informada sobre a ilegalidade da greve pela imprensa.

Servidores da Saúde durante passeata em via em frente à Rua das Farmácias (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Servidores da Saúde durante passeata em via em frente à Rua das Farmácias (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

“Ninguém nos avisou de nada. Até agora estamos sem nenhuma negação, não houve conversa. A saúde do DF está completamente sucateada, não há remédios, profissionais e nem equipamentos. A principal medicação, que é a penicilina, por exemplo, está em falta. Estamos trabalhando no improviso.”

Stella ressaltou que 30% do serviço está funcionamento normalmente e “dentro da legalidade”. “Os serviços emergenciais não vão parar de funcionar. Estamos fazendo tudo no rito da legalidade. Avisamos também antes das 72 horas sobre a paralisação. O governo quer virar o jogo.”

A técnica em enfermagem Cecília José (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

A técnica em enfermagem Cecília José (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

A técnica em enfermagem Cecília José, de 56 anos, falou que a categoria é a mais prejudicada nos hospitais. Para ela, o governo tenta colocar a população contra os servidores.

“O técnico em enfermagem é o trabalhador que mais ‘rala’ dentro de um hospital. Nós fazemos tudo e ninguém da valor. O Rollemberg é um ditador e o pior ser humano da face da terra. A saúde sempre foi precária, mas agora está terrível. Por mim, a greve duraria meses.”

A técnica em enfermagem Armanda Maria, de 45 anos, reclama das condições de trabalho e da falta de profissionais no atendimento. Ela conta que precisou de medicação na UPA de Sao Sebastião pois estava com dengue.

“Estou aqui com o laudo para comprovar. Não tinha remédio para tratar a doença com que eu estava. O sistema de saúde está falido e o investimento do governo é zero. Fui para casa

 

G1

 

 

 

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados