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MPL convida Alckmin e Haddad para discutir tarifa em ato público

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Representantes do MPL dizem que debate deve ocorrer na rua na quinta. Protocolo enviado aos governantes marcam encontro na porta da Prefeitura.

O Movimento Passe Livre (MPL) convidou o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir em ato público o reajuste da tarifa do transporte público na quinta-feira (28). O convite foi formalizado no início desta semana por meio de protocolos enviados aos governantes.

“Desde o dia 8 nós estamos nas ruas tentando pautar a tarifa, no entanto, o governador não se manifestou. A forma de manifestação dele é através da repressão e por isso a gente está convocando essa reunião com os dois representantes”, afirmou Letícia Cardoso, representante do MPL em coletiva na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

O grupo irá se concentrar no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, às 17h. De lá, os manifestantes farão uma passeata até o Viaduto do Chá, na sede da administração municipal, onde esperam encontrar Alckmin e Haddad.

Os representantes do MPL dizem que a discussão não pode ocorrer dentro dos gabinetes e o debate deve ser nas ruas com a população. “Não sabemos se o convite foi aceito. Mas o convite foi feito porque o próprio Haddad disse que aos meios de comunicação que está aberto ao diálogo e o diálogo se coloca nas ruas mesmo”, ressaltou Leticia.

Nesta segunda-feira, Haddad e Alckmin foram hostilizados após saírem de uma missa em comemoração ao aniversário da capital paulista na Catedral da Sé, no Centro.

Cerca de 20 integrantes do MPL se concentraram ao lado da catedral para aguardar a saída dos governantes. Desde o anúncio do aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, o movimento organizou cinco grandes atos para pedir a revogação.

Desvio de foco
Para os manifestantes, a discussão sobre o trajeto do protesto é para desviar o foco da discussão. “É uma manifestação sobre os R$ 3,80 e não sobre o trajeto. Nosso diálogo não é com a Secretaria de Segurança Pública, mas sobre a tarifa do transporte”, afirmou Luisa Cytrynowincz, do MPL.

O MPL discorda da imposição do secretário da Segurança Pública Alexandre de Moraes e diz que é inconstitucional. “A Constituição não prevê a existência de divulgação do trajeto. A Constituição prevê apenas uma notificação prévia de que a manifestação vai acontecer. E o que a Constituição prevê é o direito da manifestação e isso está sendo retirado dos manifestantes”, declarou Luisa.

Para os manifestantes, a discussão sobre o trajeto do protesto é para desviar o foco da discussão. “É uma manifestação sobre os R$ 3,80 e não sobre o trajeto. Nosso diálogo não é com a Secretaria de Segurança Pública, mas sobre a tarifa do transporte”, disse Luisa.
O MPL não vê necessidade de tentar na Justiça uma liminar para impedir a divulgação prévia do trajeto. “A gente não tem que argumentar nada, a Constituição está aí bem clara. Estamos exercendo um direito fundamental”, afirmou Rafael Siqueira.

O ato marcado para esta terça-feira (26) às 17h na Praça da Luz não terá o trajeto antecipado, conforme exigência da poder público. “A gente acha que o trajeto é uma decisão política dos manifestantes e a gente acha um absurdo a polícia tentar tirar isso da gente”, afirmou Luisa.

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