O primeiro impasse começou em frente ao Ministério do Trabalho, em Sorocaba, quando representantes do consórcio de empresas que fazem a coleta não apareceram para negociar em uma reunião marcada para discutir a paralisação.
A última proposta feita pela empresa responsável pela coleta foi de reajuste de 11,08%, mas o sindicato pede 12,35%, além de aumentos no vale refeição e outros benefícios. Uma nova tentativa de acordo está marcada para o início da tarde desta quarta-feira (6).
O sindicato também informou que o vale-transporte, previsto para ser pago no último 30, ainda não havia sido depositado. “A gente vem cobrando, pedindo para eles depositar o vale-transporte, porque é uma forma de eles terem possibilidade de ir para o trabalho. Muitos deles moram longe da empresa, não tem como chegar. Não têm como pagar o bolso”, diz o secretário-geral do sindicato da categoria, Gileno dos Santos.
Segundo ele, na manhã desta quarta-feira 100% dos trabalhadores foram às ruas para recolher o excesso de lixo acumulado. Ele diz que o retorno pode ser temporário, dependendo das negociações firmadas na reunião do início desta tarde, no Ministério do Trabalho, em Sorocaba. Participam da reunião o Sindicato, a empresa e a Prefeitura.
Mais de 500 toneladas de lixo são recolhidas por dia em Sorocaba. Para tentar diminuir os reflexos da paralisação, a prefeitura montou uma força-tarefa com 20 caminhões e a utilização de presos do regime semi-aberto para realizar a coleta.
“Na verdade não vai solucionar o problema da coleta total do lixo, mas estamos tentando minimizar os problemas causados onde tem maior concentração de lixo, estamos distribuindo os caminhões para tentar minimizar a situação da cidade”, explica o secretário de Serviços Públicos Oduvaldo Denadai.
A prefeitura pede o apoio dos moradores para que acondicionem o lixo corretamente para evitar que materiais e restos de alimentos fiquem espalhados pelas ruas e calçadas, o que pode trazer problemas à saúde.
Liminar
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) confirmou que uma liminar foi expedida em caráter de urgência e deve ser entregue ao Sindicato, que deve respeitar a ordem de manutenção de 80% dos trabalhadores, a partir do recebimento; cabe recurso.
A Prefeitura de Sorocaba conseguiu na Justiça, na tarde de segunda-feira (4), uma liminar que determina que 80% dos trabalhadores voltem ao trabalho. Se a decisão não for cumprida, o sindicato paga multa de 5 mil reais por dia por trabalhador que não retornar. Até o momento, os coletores não retomaram o trabalho.
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