O governo do Distrito Federal anunciou que vai desativar, no próximo dia 13, as tendas instaladas em Brazlândia e São Sebastião para atendimento a pacientes com suspeita de dengue. Segundo o GDF, a decisão foi motivada pela redução dos casos confirmados nas últimas semanas. Desde janeiro, 12.407 moradores do DF foram diagnosticados com a doença.
Desde 11 de fevereiro, quando a primeira estrutura começou a funcionar em Brazlândia, a Secretaria de Saúde contabilizou 20,4 mil atendimentos. Na semana de “estreia” das tendas, o DF registrou ápice de infecções pelo vírus da dengue, com 1.249 casos em sete dias.
Segundo a secretaria, os gráficos mostram que o ritmo de infecção vem caindo, semana após semana. Nos últimos seis boletins divulgados, o número de casos a cada sete dias passou de 802 para 664, 565, 420, 183 e 15, nesta ordem. O longo período de estiagem e a queda de temperatura contribuem para a redução de focos do Aedes aegypti, segundo a pasta.
Epidemia
Pelos parâmetros da OMS, uma doença pode ser considerada epidemia se atingir mais de 300 pessoas a cada 100 mil habitantes. Com uma população estimada em 2,8 milhões de pessoas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, o DF precisaria de 8,4 mil casos para entrar na classificação. O número foi atingido no fim de março.
Os 12.407 casos confirmados até agora significam que, para cada 100 mil habitantes do DF, 443 foram infectados pelo vírus da dengue. O número atual é 47,7% maior que o limite da epidemia, mas a Secretaria de Saúde ainda não usou o termo de modo oficial na divulgação dos dados.
Em nota enviada , a secretaria afirma que o critério da OMS não estabelece um período de tempo para a medição. Segundo a pasta, os números acumulados desde janeiro não seriam uma medida eficiente para caracterizar a epidemia, já que houve redução gradual nos casos a partir de fevereiro.
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