Além das orações dos trabalhadores, a caixa colocada no altar também acumula mais de 2 mil currículos. “A gente nota que hoje as pessoas olham e simplesmente não veem saída. Seja pelo desemprego, pelo dólar tão alto. E eles percebem que só há um caminho, a luz no fim do túnel é a fé, é a devoção ao santo padroeiro dos trabalhadores”, afirma padre Wagner Ruivo.
Juceline Preto é uma das fiéis que pontam os currículos para serem abençoados pelo santo durante a missa do emprego e a esperança é que o padroeiro consiga ajudar na busca por trabalho.
“Eu já fui nas agências levar o currículo e até agora nada. Todo mundo fala, aguarda que vai chamar, mas nada até agora. E minha única fé que eu tenho é através da igreja”, diz a auxiliar de limpeza que está parada há um ano.
O padre da paróquia no interior de São Paulo criou a “Pastoral do emprego”. No painel de vagas de trabalho, os currículos que chegam são separados por profissionais e encaminhados às empresas.
Com isso, tem até candidato que já sai da missa com a carteira assinada. “No final de uma missa, um empresário adota um currículo ou faz entrevista com a pessoa dentro da própria igreja”, comenta o padre.
De um mês para cá, quase 200 pessoas foram contratadas. Denise Aparecida Gomes da Silva foi uma delas. Depois de seis meses procurando emprego, ela foi até a missa e, uma semana depois, conseguiu o trabalho. “Foi a fé, não tem outra explicação. Acho que Deus sonhou para mim e eu tenho certeza que isso já era esperado”, diz a promotora de vendas.
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