Economia
IBGE: Em 2014, mulheres receberam 80% do salário dos homens
Estudo do IBGE mostra que em 2014 as trabalhadoras mulheres receberam 80% do salário dos colegas homens
Em 2014, os homens receberam, em média, 2.521,07 reais no país e as mulheres, 2.016,63 reais, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o salário das mulheres foi equivalente a 80% do salário dos homens naquele ano. Essa diferença, que havia sido de 25,3 % em 2012 e de 25,8% em 2013, passou a ser de 25% em 2014.
Na comparação dos números absolutos, de 2013 para 2014, houve aumento do número de mulheres (2%) e recuo no número de homens (-0,1%). Isso fez com que a proporção de homens no mercado de trabalho recuasse 0,5 ponto porcentual em 2014 e que a das mulheres aumentasse na mesma proporção.
A administração pública e as entidades sem fins lucrativos apresentaram maior participação feminina entre seus trabalhadores. Em 2014, nas entidades empresariais predominava o profissional masculino, segundo o IBGE. “O número de mulheres vem crescendo ano a ano. Nas empresas públicas, a entrada é facilitada pelos concursos, em que o mérito é que conta, mas a participação feminina também está crescendo nas empresas privadas, embora em menor número”, diz Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, uma das coordenadoras da pesquisa.
Em 2009, 41,9% dos trabalhadores brasileiros eram mulheres e em 2014 o porcentual subiu para 43,5%. Com relação às entidades empresariais, houve queda de 5,6 pontos percentuais na diferença entre a participação masculina e a feminina de 2008 a 2014. Nas entidades sem fins lucrativos, a participação das mulheres assalariadas aumentou de 52,8% para 55,6% no mesmo período.
Sob a ótica da natureza jurídica, a administração pública e as entidades sem fins lucrativos apresentaram maior participação feminina entre os funcionários. Em contrapartida, nas entidades empresariais, predominavam os trabalhadores homens em todo o período considerado.
Por nível de escolaridade, em 2014, 19,6% dos trabalhadores possuíam nível superior e 80,4% não possuíam. Em relação aos dados absolutos de 2013, o número de profissionais com nível superior cresceu 6,9%, enquanto aqueles sem nível superior recuou 0,6%. Assim, a participação relativa do pessoal ocupado assalariado com nível superior aumentou 1,1 ponto porcentual. Em relação a 2009, o aumento foi de 3,1 pontos percentuais.
Em termos salariais, o trabalhador com nível superior recebeu, em média, 4.995,08 reais, enquanto aquele sem nível superior, 1.639,04 reais, uma diferença de 204,8%. Por natureza jurídica, a administração pública apresentou a maior proporção de assalariados com nível superior (43,9%), mas o pessoal sem nível superior predominou em todas as categorias, atingindo 87,9% nas entidades empresariais e 71,2% nas entidades sem fins lucrativos.
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