O presidente do Conselho Regional de Radiologia do Distrito Federal, Adriano Levay, disse nesta quinta-feira (23) à CPI da Saúde que falta manutenção em aparelhos radiológicos, como os tomógrafos, na rede pública da capital. Segundo ele, também há encaminhamento de pacientes para a rede privada.
“O resultado desse sucateamento são péssimas imagens e o comprometimento dos laudos para detecção das patologias.” O presidente do conselho também se queixou da falta de radiologistas para a emissão dos documentos. Segundo ele, os valores pagos com horas extras seriam suficientes para a contratação de técnicos e médicos especializados em radiologia.
“Ele trouxe denúncias sérias, de materiais obsoletos, sem destinação, compra sem prévia consulta, sem locais para serem colocados, ou seja, as mesmas coisas que já sabemos, nas duas gestões. Isso demonstra claramente que os problemas já vêm desde o governo passado, é o dinheiro público usado sem o menor zelo”, afirmou o presidente da CPI, deputado Wellington Luiz (PMDB).
O distrital disse que a comissão vai apurar junto à Secretaria de Saúde e às unidades da rede a gravidade do problema. “O Adriano trouxer informações, sugeriu pontos que fossem vistoriados. Nós vamos até os locais para constatar, e há denúncias contundentes. Os responsáveis serão convocados para dar explicações.”
Pedido do MP
A falta de manutenção em tomógrafos da rede pública motivou um pedido do Ministério Público no mês passado para que o GDF faça o conserto dos equipamentos parados no Hospital de Base. Segundo o pedido, um dos aparelhos está quebrado desde janeiro de 2015 e o outro funciona de forma intermitente desde setembro do mesmo ano.
Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que o tomógrafo da emergência do hospital já estava em funcionamento desde 9 de maio. A pasta afirmou que são realizados 150 exames por dia e que não há demanda reprimida para pacientes atendidos na emergência ou internados.
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