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Temer lamenta prisão de Paulo Bernardo: ‘Fato doloroso’

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Presidente interino ponderou, no entanto, que é necessário obedecer às decisões judiciais

Presidente interino Michel Temer(Cristiano Mariz/VEJA)

Presidente interino Michel Temer(Cristiano Mariz/VEJA)

O presidente da República em exercício, Michel Temer, lamentou na manhã desta sexta-feira a prisão do ex-ministro de Lula e Dilma Paulo Bernardo, classificando-a como um “fato doloroso”. Em entrevista à Rádio Estadão, o peemedebista, no entanto, afirmou que é “preciso prestar obediência às decisões [judiciais]”. Ele também evitou comentar se concordava ou não com as ações de buscas e apreensão feitas no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), esposa de Bernardo, autorizadas por um juiz de primeiro grau. Nesta quinta-feira, o Senado acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para anular os mandados cumpridos no apartamento em Brasília.

“Vi a declaração de Gleisi de que ele [Paulo Bernardo] foi detido na frente dos filhos. É um fato doloroso e eu quero lamentar publicamente a prisão dele. De qualquer maneira, é preciso prestar obediência às decisões [judiciais]”, afirmou Temer, que passou esta última semana concedendo entrevistas a veículos de imprensa para emplacar uma agenda positiva.

Um dos principais alvos da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato em São Paulo, o ex-ministro é suspeito de encabeçar um esquema de corrupção no Ministério do Planejamento, que teria desviado 100 milhões de reais de um serviço de crédito consignado da pasta. Parte do dinheiro teria sido usado para pagar despesas do ex-ministro e para irrigar o caixa do PT.

Brexit – Na entrevista, Temer também foi perguntado sobre a decisão história do Reino Unido de deixar a União Europeia por meio de um referendo. “Nós não vamos discutir a decisão do Reino Unido do ponto de vista político. Do ponto de vista econômico, vamos esperar que esta decisão efetivamente se consolide para medirmos, em um segundo momento, qual impacto que ela terá”, respondeu ele, evitando emitir uma opinião sobre o assunto.

Ele também informou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve se reunir ainda hoje com um representante do governo britânico para discutir essas mudanças na conjuntura do país. “Vamos esperar os acontecimentos”, completou.

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