A Polícia Civil deteve sete pessoas nesta quarta-feira (29) suspeitas de integrar grupo de “falsos médicos” em Ceilândia, no Distrito Federal. Os atendimentos eram realizados em clínica ilegal sediada em uma organização não governamental localizada na região administrativa do DF.
A clínica ilegal realizava atividades oferecia atendimentos em psicologia, neurologia, clínica médica e ginecologia, psiquiatria e nutrição. Cada consulta custava entre R$ 30 e R$ 1,8 mil. Três funcionários administrativos da ONG e quatro pacientes foram encaminhados à 19ª DP, em Ceilândia Norte.
Segundo o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes, os responsáveis pela clínica clandestina foram identificados, mas ainda não foram encontrados. “Somente recebemos uma advogada na delegacia e ela prometeu que os responsáveis seriam trazidos nesta quinta-feira.”
Os médicos chegavam a utilizar carimbos nos atestados médicos, mas sem apresentar registro nos conselhos regionais referentes a cada especialidade, de acordo com o delegado. “Como não havia registro, acreditamos que não havia um médico à frente do grupo. Estamos investigando os documentos e vamos realizar perícia nos computadores para encontrar os responsáveis”, afirmou.
Há dois meses, a polícia recebeu uma denúncia sobre o local e conseguiu com a Justiça um mandado de busca e apreensão no local. Os suspeitos devem ser autuados por exercício ilegal de medicina e pegar de seis meses a dois anos de prisão.
Caso algum paciente tenha sofrido qualquer lesão grave ou mesmo morrido em decorrência dos procedimentos realizados no local, os responsáveis podem responder também por lesão ou homicídio.
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