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Rodoviários da TCB, no DF, param por reajuste de 30% nos salários

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Eles pedem ainda reajuste em benefícios; empresa diz não poder atender. TCB opera 34 ônibus em 12 linhas e atende 18 mil passageiros diariamente.

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Motoristas e cobradores em frente à garagem da TCB em foto do ano passado (Foto: Isabella Calzolari/G1)

Cobradores e motoristas da TCB iniciaram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (4) para reivindicar reajustes de 30% nos salários e de 54% no vale-alimentação. A TCB é uma empresa pública administrada pelo governo do Distrito Federal que opera 34 ônibus em 12 linhas e atende 18 mil passageiros diariamente.

As linhas afetadas com a paralisação incluem ônibus que fazem trajetos convencionais, como a Esplanada dos Ministérios, linhas rurais, em Planaltina e no Paranoá, e a linha executiva do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Os salários médios pagos pela empresa são de R$ 1,5 mil para cobradores e de R$ 2,7 mil para motoristas, que passariam com o reajuste para R$ 1,95 mil e R$ 3,51 mil, respectivamente. Os funcionários recebem um auxílio-alimentação de R$ 860 e esperam que o benefício chegue a R$ 1.324,40.

A empresa oferece aos funcionários a manutenção dos benefícios aprovados em acordos coletivos anteriores, a concessão de passe livre no Metrô e a garantia de recebimento dos créditos para herdeiros de funcionários que entrarem no programa de demissão voluntária da companhia.

A TCB oferece também a garantia de reabertura de negociações de aumentos salariais com o GDF assim que o governo saia do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. A empresa alega não poder atender o reajuste pleiteado pela categoria por causa dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que veta ao governo conceder aumentos quando o limite prudencial de 46,55% é atingido.

As despesas do GDF com pessoal atingiram 47,08% da receita corrente líquida (somatório dos impostos), segundo relatório do governo publicado no Diário Oficial do DF no dia 30 de junho. O limite de alerta é de 44,1% e o prudencial, de 46,55%.

Com isso, o governo segue impedido de aumentar o número funcionários (as contratações ocorrem em substituição a aposentadorias e demissões, por exemplo), conceder aumentos, criar cargo de qualquer natureza, alterar carreiras aumentando a despesa ou contratar horas extras fora da área de Saúde pelos próximos 120 dias.

Os 180 funcionários da empresa fazem assembleia às 17h para definir os rumos da paralisação. Na última quinta-feira, os rodoviários já haviam cruzado os braços por 24 horas para reivindicar reajuste. Na sexta-feira, o presidente da empresa, Manoel Alexandre, se reuniu com o Sindicato dos Rodoviários para negociar, mas não chegaram a um acordo.

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