Integrantes da Associação do Movimento dos Sem Terra (AMST) invadiram um terreno no Projeto Integrado de Colonização (PIC) Alexandre de Gusmão, que pertence a uma empresa há mais de 40 anos, e resistem até a uma ordem judicial de desocupação. No terreno há uma semana, eles incendiaram a área e começaram a roçagem para a construção do acampamento.
Um oficial de Justiça foi ao local, na manhã do último sábado, levar a decisão liminar e negociar a saída amigável do grupo. Mas sem sucesso. Eles alegam que a área não pertence à empresa.
“Não temos só a posse como também a propriedade. Temos escritura definitiva”, argumenta Osvaldo Mendes, um dos sócios. “Temos gado lá, pomares, criamos aves. Há empregados no terreno”, argumenta.
O grupo, conforme o empresário, derrubou a cerca e se apropriou da área, que fica às margens da DF- 180, armado com pedras e paus. “São agressivos e ameaçadores. Estamos com medo de terem também arma de fogo”, observou.
Para conter o incêndio, foi preciso chamar o Corpo de Bombeiros. “Estamos numa situação ridícula. Ninguém quer ser ruralista, porque é perigoso. É como se estivéssemos em estado de guerra”, desabafou.
Saiba mais
Confundidos inicialmente com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), os integrantes da Associação do Movimento dos Sem Terra (AMST) enviaram e-mail de esclarecimento para o Jornal de Brasília: “Não somos um movimento sem-teto. Estamos na luta pela reforma agrária”.
A associação fez ainda pedido de resposta, mas, até o fechamento desta edição, não respondeu à reportagem.
JBr
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