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São Paulo registra 100 incêndios em favelas este ano, dizem Bombeiros

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Fogo em comunidade no Grajaú nesta terça foi o 100º no ano. Na segunda-feira, incêndio na Favela Alba matou um menino de 11 anos.

Incêndio atinge comunidade na rua Manuel Cherem, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, em maio (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Incêndio atinge comunidade na rua Manuel Cherem, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, em maio (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo)

A cidade de São Paulo já soma 100 incêndios em favelas este ano, segundo levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros. Só esta semana foram dois casos: na Favela Alba, na segunda-feira (25), que resultou na morte de um menino de 11 anos; e em uma favela do Grajaú, nesta terça (26), sem registro de vítimas. Este último foi o 100º incêndio em favelas em 2016 e o sétimo no mês de julho.

Segundo o Capitão Palumbo, porta-voz dos bombeiros, a região com maior número de registros foi a Zona Norte, com 32 casos de incêndio, seguida pela Zona Sul, com 30, e pela Zona Leste, com 20.

Os bombeiros não têm o número de mortes causadas pelas chamas. Pelo menos quatro pessoas morreram.

Relembre abaixo alguns casos:

Vila Maria, Zona Norte

Na noite do dia 17 de julho, duas pessoas morreram em um incêndio que atingiu uma favela na Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo. Cerca de 30 barracos foram atingidos pelo fogo (veja no vídeo acima). Segundo a Defesa Civil, 360 moradias foram destruídas pelas chamas. Duas pessoas morreram, entre eles um homem de 65 anos.

Essa não foi a primeira vez que a favela pegou fogo. No dia 19 de janeiro, outro incêndio deixou oito famílias desabrigadas. Na ocasião, um protesto chegou a fechar a pista local da Marginal Tietê.

Favela Alba, Zona Sul

Na segunda-feira (25), um incêndio atingiu barracos da Favela Alba, na região do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo. Segundo os bombeiros, o fogo começou a se espalhar pela favela por volta das 15h40. A corporação enviou 18 equipes ao local para controlar as chamas, que atingiram cerca de 50 barracos. Um menino de 11 anos morreu.

O incêndio teria começado no barraco onde o garoto morto morava, de acordo com moradores. Com baldes, eles recolhiam água do Córrego Água Espraiada, que corta a favela, na tentativa de ajudar os bombeiros a diminuir o fogo.

A favela fica na região da Vila Santa Catarina. A área está dento do perímetro da Operação Urbana Água Espraiada, que prevê a revitalização do local com obras que incluem o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho e a construção de moradias populares.

Segundo a líder comunitária, as pessoas afetadas estão entre as 8.500 famílias cadastradas no programa. A Secretaria de Habitação contabiliza 42 famílias cadastradas para atendimento habitacional na área do incêndio. Até o final deste ano, a Prefeitura disse que entregará 476 casas na região.

Em março, outro incêndio em um cortiço na Favela Alba deixou um morto.

Cidade Líder, Zona Leste

No dia 14 de junho, um incêndio destruiu 30 barracos em uma favela em Cidade Líder, na Zona Leste de São Paulo. As moradias atingidas pelo fogo ficavam embaixo de uma linha de transmissão de energia elétrica. Segundo os bombeiros, fortes indícios apontavam que as chamas tenham sido provocadas por um curto-circuito.

“Quando o fogo começou tentamos trazer baldes, mas não tinha água na favela e pegou fogo em tudo”, contou dona Elza, que morava há oito ano no local. O incidente não deixou feridos.

Paraisópolis, Zona Sul

No dia 14 de maio, a Polícia Militar prendeu um homem suspeito de ter começado o incêndio que destruiu cerca de 120 moradias da favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. O fogo foi extinto pelos bombeiros.

O rapaz, de 18 anos, tem um ferro-velho e ateou fogo em fios para retirar cobre, de acordo com o relato de moradores. A PM informou, em nota, que foi acionada por populares que diziam que um homem teria sido o causador do incêndio. Ele foi conduzido ao 89º Distrito Policial e autuado em flagrante pelo crime de incêndio, mas negou que tenha colocado fogo nos fios.

As moradias destruídas ficavam numa área de mil metros quadrados e as chamas se propagaram rapidamente. “Não há distância entre os barracos, são colados uns aos outros, e ainda o material usado na construção das casas, a madeira, propaga a chama muito facilmente, o que dificulta o trabalho e prejudica a todos os moradores”, afirmou o oficial do Corpo de Bombeiros. Não houve registro de vítimas.

Vila Brasilândia, Zona Norte

Um incêndio atingiu uma favela na Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, na noite de 1º de maio. De acordo com a Defesa Civil, 70 barracos foram queimados na favela da Capadócia e aproximadamente 300 pessoas ficaram desabrigadas.

O fogo começou por volta das 22h. Na tentativa de salvar alguns pertences pessoais, alguns moradores levaram os móveis para o meio da rua. “A única coisa que eu peguei foi a roupa do corpo. O resto queimou tudo”, conta o borracheiro Orlando Santos, morador do local.

Jardim São Luís, Zona Sul
No dia 27 de março, um incêndio atingiu barracos em uma comunidade no Jardim São Luís, na Zona Sul de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 15 barracos foram atingidos.

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