Um posto de combustível foi interditado pela 14ª vez pela Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo na manhã desta quinta-feira (4), informou o SPTV. O abre e fecha do estabelecimento, que vende combustível adulterado, dura pelo menos cinco anos.
Funcionários de uma empresa contratada pela secretaria removeram duas bombas do posto, localizado na Avenida Cupecê, na Zona Sul de São Paulo, nesta manhã na tentativa de evitar que o posto reabra. “A gente faz operação, a secretaria arranca uma bomba e eles já deixam outra de reserva para começar de novo”, disse o investigador de polícia George Montgomery.
Durante a operação, outras duas bombas que não estavam funcionando também foram apreendidas e, na ausência do proprietário do local, um frentista foi detido. Em julho, os administradores do posto ignoraram a ordem da Secretaria da Fazenda duas vezes.
No dia 5, as bombas foram lacradas, mas logo depois o posto reabriu. No dia 13, ele foi fechado novamente. Na ocasião, o escritório estava trancado e o frentista não soube explicar quem era o chefe.
A análise feita naquele dia comprovou que mais uma vez o combustível vendido era adulterado e todas as bombas foram levadas.
“A secretaria está em tratativas com a Prefeitura de São Paulo para que a gente interdite com concreto o tanque desse posto de combustível. Essa seria a próxima medida, a mais extrema. Com concreto acho que deve funcionar”, acredita Ricardo Avelar, agente fiscalização da Secretaria da Fazenda.
Os moradores da região não se surpreendem mais com o abre e fecha do posto. “Esse posto é fechado e aberto com muita frequência, mas a gente não sabe o motivo”, disse um morador que preferiu não ser identificado.
Em julho, um aposentado conta que abasteceu no local e só mais tarde percebeu que o combustível era adulterado. “Pensei que fosse produto de qualidade, mas quando cheguei na Washington Luís o carro deu pane e parou de vez”, afirma.
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