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PF encontra 7 mil arquivos com preso por pedofilia; repugnante, diz delegado

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Três foram presos em operação contra distribuição de pornografia infantil. PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na capital e ABC.

Um dos três homens presos nesta terça-feira (13), em São Paulo, durante operação da Polícia Federal (PF) contra pedofilia, tinha mais de sete mil arquivos de pornografia infantil em seu computador, entre imagens e vídeos.

De acordo com o delegado Rodrigo Sanfurgo, responsável pelo grupo de repressão a crimes cibernéticos da PF,  as imagens apreendidas em posse do trio “são “repugnantes”.

“O conteúdo ele sempre impressiona. Ele é sempre extremamente agressivo. Muitas imagens são, de certa forma, repugnantes”, disse. Segundo ele, as vítimas aparentavam ter diferentes idades, desde adolescentes a até mesmo recém-nascidos.

Sanfurgo informou que a operação  foi deflagrada após uma investigação que durou quatro meses. A PF conseguiu identificar e localizar os suspeitos a partir de informações passadas pelo FBI (EUA) e pela polícia da Suíça à Interpol.

“Autoridades realizaram um trabalho de inteligência, por meio do qual se infiltraram em redes de pornografia infantil, e então identificaram que alguns acessos foram realizados aqui no Brasil. Por meio da Interpol, nós fomos comunicados”, explicou o delegado.

Os três detidos na operação estão na carceragem da sede paulistana da PF, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O trio foi preso em flagrante depois que a polícia encontrou material pornográfico infantil em seus computadores durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Um deles já tinha passagem pela polícia por crime contra o patrimônio.

Ao todo, cinco mandados do tipo foram cumpridos na capital paulista e em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, nesta terça. A polícia apreendeu computadores, tablets e dispositivos de armazenamento, como pen drives e CDs.

Objetos apreendidos em operação de combate à pedofilia (Foto: Will Soares/G1)

Objetos apreendidos em operação de combate à pedofilia (Foto: Will Soares/G1)

Segundo Sanfurgo, os suspeitos não se conheciam e, portanto, não agiam em grupo. A polícia vai investigar, agora, se eles, além de armazenar e compartilhar os arquivos de pedofilia, também os produziam. O compartilhamento das imagens, ainda de acordo com o delegado, não tinha fins lucrativos. “Eles eram usuários”, contou.

O crime de compartilhamento de imagens contendo pornografia infantil está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tem pena de até seis anos de prisão. A PF vai pedir a prisão preventiva dos suspeitos.

 

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