O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), derrotado nas eleições deste domingo (2) pelo candidato do PSDB à Prefeitura, João Doria, afirmou que se colocou à disposição do vencedor do pleito para fazer a transição do governo.
Às 20h34, com 96,48% das urnas apuradas, o tucano teve 53,40% votos, o que corresponde a 53,42% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou o petista, com 16,68% , seguido por Celso Russomanno, do PRB, com 13,58%; Marta Suplicy, do PMDB, com 10,11%, e Luiza Erundina, do PSOL, com 3,16%.
Ele disse que deseja elaborar um plano de transição que seja “o mais tranquilo possível para que a cidade só ganhe”. E comentou sobre o atual cenário político.
“Num país onde a gente vê fragilizadas as instituições republicanas, um momento de fragilidade da República, eu penso que nós temos que dar o exemplo e fortalecer as instituições, e uma das instituições que eu mais prezo, são as transições de governo, porque isso revela espírito público, respeito à democracia, respeito ao resultado das urnas, à vontade popular.”
Haddad evitou fazer análises sobre a derrota, citou apenas que sua campanha enfrentou situações “adversas”, e disse sair honrado do cargo, com a certeza de ter deixado um legado importante para a cidade.
“Obviamente que nós gostaríamos de enfrentar um segundo turno para que esse projeto pudesse ser defendido em igualdade de condições. Não tivemos essa oportunidade. Defender um projeto de transformação em condições tão adversas foi bastante difícil para a nossa campanha.”,
“Esse era nosso objetivo central [discutir o projeto para a cidade] tamanha a confiança que nós temos de que estávamos executando um trabalho para as futuras gerações. Temos a convicção de que esse legado pro futuro de São Paulo seria importante discutir. Mesmo na eventualidade de derrota no segundo turno, a cidade teria ganho em termos de aprendizado se esse projeto pudesse ser defendida em igualdade de condições. Isso não foi possível”, disse.
Durante o pronunciamento, Haddad saudou os vereadores eleitos da coligação, citou o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) como “a expressão” de seu legado na Prefeitura (Suplicy foi secretário de Direitos Humanos durante a gestão de Haddad, e deixou o cargo em abril para disputar vaga na Câmara Municipal), e disse que todos estarão vigilantes para evitar “eventuais retrocessos”.
O prefeito fez um rápido balanço de sua gestão, e afirmou que deixa a cidade em condições muito melhores das que encontrou quando assumiu o cargo.
“Nós aprovamos talvez o maior legado para a cidade de São Paulo em termos de legislação urbanística. Estamos deixando a dívida resolvida, Plano Diretor, Lei de Zoneamento, tudo isso muito bem encaminhado, muito bem equacionado. Tenho certeza que a vida dos prefeitos daqui para frente vão ser mais fáceis do que a minha até aqui. Mas é para isso que serve uma boa administração”, concluiu.
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