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De olho em 2018: políticos do DF se preparam para as próximas eleições
Com o resultado das disputas municipais, políticos do DF avaliam cenários e recados do eleitorado para preparar discursos e alianças rumo ao Palácio do Buriti. Rollemberg espera mostrar realizações e adversários buscam alianças para derrotá-lo nas urnas
Os brasilienses não foram às urnas ontem, mas os políticos da capital federal estão de olho na votação municipal. Além do interesse partidário, a preocupação dos potenciais candidatos de Brasília é com a sinalização que o eleitorado brasileiro deu na votação. Os resultados do primeiro turno já mostraram uma tendência de rejeição da política, reforçada por grandes escândalos, como a Lava-Jato. A dois anos da disputa pelo Palácio do Buriti, esse é mais um elemento no intrincado xadrez da sucessão de Rodrigo Rollemberg.
Nas últimas semanas, a movimentação nos bastidores se intensificou e grupos de oposição ao governador se articulam cada vez mais. A crise financeira e os atritos do governo com os sindicatos, que devem se agravar nas próximas semanas, também ajudam a inflamar ainda mais o jogo político no Distrito Federal.
Muitos personagens estão hoje na disputa e há tentativas de aglutinar essas forças em torno de grupos menores, mas ainda há dúvidas sobre quantos chegarão a outubro de 2018 com condições de concorrer a um cargo majoritário. Apesar do momento delicado que enfrenta, sem dinheiro para pagar os reajustes salariais do funcionalismo público, Rollemberg espera se recuperar a partir de 2017. Ele aposta que poderá alavancar a popularidade com a entrega de obras em andamento, principalmente a urbanização de regiões carentes, como Sol Nascente. A equipe do governador também investe em projetos como a contratação de organizações sociais, para tentar mostrar resultados na saúde pública.
Na oposição, o nome mais citado é o do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB). Assessor especial do presidente da República, Michel Temer, ele despacha do Palácio do Planalto, mas não descuida das articulações locais. O cargo no governo federal também dá visibilidade em negociações importantes para o DF, como as relacionadas ao Fundo Constitucional e ao reajuste da Polícia Civil. Na última segunda-feira, ele deixou o Palácio para conversar com integrantes da corporação que cobravam reajuste em um protesto na Esplanada dos Ministérios.
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